Eleições 2018

Scotiabank aponta contradições no programa econômico de Bolsonaro

24 set 2018, 15:36 - atualizado em 24 set 2018, 15:36
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A poucos dias das eleições, ainda é natural que bancos, analistas e corretoras estejam tentando extrair informações relevantes dos planos de governo. Em relatório divulgado aos clientes hoje (24), analistas do Scotiabank dissecaram o projeto econômico de Jair Bolsonaro (PSL), e encontraram diversas contradições.

“De acordo com o que ouvimos da equipe de Bolsonaro até agora”, diz o banco, “não há muita clareza a respeito do que ele representa — ainda mais se considerarmos o seu histórico no legislativo. ”

O relatório aponta que Bolsonaro é a favor da privatização de estatais, mas que já votou contra privatizações quando deputado. Além de ter votado contra o Plano Real, o candidato do PSL votou, em 1995, contra PECs que acabavam com o monopólio estatal no petróleo e na prestação de serviços de telecomunicações.

Além das privatizações, sua equipe indicou que gostaria de manter o Banco Central como está, mas ele disse que a Selic deveria ser cortada para 2%. De acordo com o Scotiabank, essa é uma política populista para um Banco Central.

Bolsonaro também afirma querer mais políticas de troca com os EUA e menos com a China, mas “não há clareza em como esse plano seria concretizado”. Quanto à reforma da previdência, o candidato afirma ser a favor, mas com um projeto mais gradual do que o governo Temer.

Por fim, o Scotiabank afirma que, embora Bolsonaro discurse a favor de menos impostos e de um Estado mais magro, sua posição não necessariamente representava essa ideia no passado.

O relatório é assinado pelos analistas Guillermo Arbe, Mario Correa e Benjamin Sierra, além do vice-presidente da Latin America Economics, Eduardo Suárez.

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