Política

Saúde terá diretoria de integridade e Secretaria de Atenção Primária

08 maio 2019, 16:22 - atualizado em 08 maio 2019, 16:22
A ideia, de acordo com o ministro, é que eles possam atuar mais fortemente na prevenção e no controle de doenças (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

O novo organograma do Ministério da Saúde deve ser publicado esta semana e prevê a criação da Diretoria de Integridade e Normatização, composta por uma corregedoria e uma ouvidoria e que vai contar com a colaboração de órgãos como Polícia Federal e Ministério Público. A proposta, de acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é dar prioridade ao combate à corrupção e à promoção de métodos que promovam a transparência e a participação da sociedade.

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Outra novidade no organograma é a criação da Secretaria Nacional de Atenção Primária, área classificada por Mandetta como porta de entrada de todo o sistema de saúde brasileiro e que necessita de qualificação.

“Precisamos sair dessa discussão muito primária de como contratar o médico e passar imediatamente para o que esse médico vai fazer, como ele vai assumir a dificuldade que é fazer atenção primária no Brasil, como colocar a telemedicina à disposição de toda a rede nacional”, disse.

A pasta também sinaliza para a possibilidade de capacitar agentes comunitários em saúde como técnicos de saúde comunitária, para que os profissionais possam, durante as visitas domiciliares, realizar atividades como aferir a pressão arterial de um paciente. A ideia, de acordo com o ministro, é que eles possam atuar mais fortemente na prevenção e no controle de doenças o que, segundo ele, caracterizaria “uma grande revolução da atenção básica brasileira”.

Mandetta disse ainda que a pasta vai passar a contar, pela primeira vez, dentro do setor de atenção especializada, com uma diretoria para dialogar e fazer a ponte com hospitais filantrópicos e da rede privada.

“Nas estruturas anteriores, não havia um setor do ministério que dialogasse com as filantrópicas e com os hospitais privados. No caso das filantrópicas, elas respondem por quase 80% do atendimento de alta complexidade dentro do SUS [Sistema Único de Saúde]”.