Saúde: O que esperar do aumento de preços dos planos individuais em 2022? Veja quais ações podem sair ganhando
Segundo o BTG Pactual, os dados recentes sobre o setor da saúde sinalizam aumentos “agressivos” nos preços dos planos individuais para 2022.
O banco, com base nos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), estima um aumento de preço de 15%, o que reflete o grande aumento no ano passado das reivindicações médicas.
Enquanto os contratos corporativos (2/3 dos planos de saúde) estão sujeitos a negociações entre seguradoras e clientes corporativos, os planos individuais de saúde (18% do total de contratos) são regulados, com a ANS limitando os aumentos anuais de preços e proibindo a rescisão unilateral de contratos pelas operadoras de saúde.
Para realizar o cálculo dos valores dos planos individuais, a ANS incorpora uma média ponderada usando 80% da variação anual das despesas médicas para planos de saúde individuais e 20% do IPCA, excluindo as despesas com saúde, menos um fator de ganho de eficiência.
O BTG destaca que os reajustes devem ser aprovados pelo Ministério da Economia no meio do ano e, quando for implementado, é válido de maio a abril do ano seguinte.
Além disso, o banco ressalta que este ano deve apresentar o maior aumento de preços já registrado na história da ANS.
Quais ações podem sair ganhando com o aumento?
De acordo com o BTG, a Hapvida (HAPV3) é a companhia com a maior exposição aos planos individuais de saúde, com 17,5% da nova empresa após a fusão com a NotreDame (GNDI3).
O banco destaca que outras grandes empresas nacionais de saúde não vendem mais planos de saúde individuais, como é o caso da SulAmérica (SULA11) e Bradesco Saúde.
“Embora acreditemos que a recente fraca performance das ações já levou em consideração os efeitos negativos relacionados ao aumento nos casos de Covid-19 e influenza, agora vemos a negociação de HAPV em um nível muito mais atraente de valuation“, afirmam os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello.
O Hapvida é o investimento favorito para 2022 do BTG no setor de saúde, pois tem fontes de potenciais altas ainda não precificadas, como as sinergias operacionais, fiscais e de receita da fusão com a NotreDame e as potenciais novas fusões e aquisições.