Saúde: as 3 ações do momento e o papel para evitar agora
A Ativa Investimentos iniciou a cobertura das ações das empresas do setor de saúde. Tendo como principal driver o processo de fusão com a Hapvida (HAPV3), a NotreDame Intermédica (GNDI3) ganhou recomendação de compra da corretora e preço-alvo de R$ 105,40.
Segundo o analista Leo Monteiro, a fusão colocará a empresa na liderança em termos de participação de mercado e permitirá a expansão da oferta de serviços e a venda cruzada de planos corporativos com complementariedade geográfica, bem como ganhos de sinergias de custos e receita.
Além de estar inserida em um mercado subpenetrado e pulverizado (apenas 22,5% da população brasileira possui algum tipo de plano de saúde), o que cria oportunidades de crescimento no setor, a NotreDame conta com um modelo de negócio verticalizado que garante que os clientes recebam suporte na rede exclusiva de atendimento, reduzindo a sinistralidade.
Apesar dos riscos de concorrência, a NotreDame, por participar de toda a cadeia do setor de saúde, presta assistência médica e odontológica com baixo custo, criando vantagens para a empresa no mercado.
A Hapvida (HAPV3) também tem muito a se beneficiar com a fusão. Além disso, sua posição estratégica em regiões onde a competição e a penetração de planos de saúde é menor, como Norte e Nordeste, traz boas perspectivas para a companhia. No entanto, por não ver espaço para potencial valorização do papel nos preços atuais, a Ativa tem recomendação neutra para a empresa, com preço-alvo de R$ 18,90.
Bom histórico de aquisições
A Ativa também iniciou a cobertura dos papéis da Rede D’Or (RDOR3) com recomendação de compra, apoiada na perspectiva de sólidos fundamentos da companhia e um valuation atrativo. O preço-alvo indicado pela corretora é de R$ 76,30.
Uma das principais características da Rede D’Or é o seu histórico de aquisições bem-sucedidas.
“A companhia conta com um plano ambicioso de aquisições e pretende expandir a sua rede em 7 mil novos leitos até 2025, sendo 5 mil advindos de sua estratégia de M&A”, destacou Monteiro.
Apesar dos impactos da pandemia de Covid-19 nos resultados e dos riscos de governança e execução na estratégia de crescimento, os investimentos da Rede D’Or em inovação e pesquisa e a resiliência do seu braço de oncologia, que deve ganhar participação na receita, criam boas perspectivas para os negócios da companhia.
Diferenciais importantes
A SulAmérica (SULA11) foi outra empresa que ganhou recomendação de compra da Ativa, com preço-alvo de R$ 54,80. Segundo a corretora, a companhia conta com diferenciais importantes, como um canal de distribuição diversificado e parcerias com redes hospitalares renomadas.
“Apesar da empresa ser muito dependente de seu resultado financeiro, o que comprometeu o desempenho da companhia ao longo de 2020, vemos um valuation atrativo em meio a um novo ciclo de alta nos juros, o que deve beneficiar a empresa nos próximos anos”, disse Monteiro.
O analista ainda destacou que a SulAmérica tem caixa para realizar novas aquisições. Além disso, o SulAmérica Direto, a nova linha de produtos regionais, ajudará a companhia a ganhar participação em regiões onde possui menos atuação.