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São Paulo tem preço ‘justo’ nos imóveis, mas aluguel ainda vale mais a pena, diz UBS; entenda

26 set 2024, 12:37 - atualizado em 26 set 2024, 12:37
cidade de são paulo - ubs
São Paulo ainda apresenta o menor risco de bolha imobiliária. (Imagem: Getty Images/ Canva Pro)

A cidade de São Paulo se destacou no último relatório do UBS Global Real Estate Bubble Index por aparecer entre as localidades com preço mais “justo” para imóveis e com menor risco de encarar a temida bolha imobiliária. Apesar disso, o banco destacou que o alugar um imóvel continua financeiramente mais atraente do que ter a casa própria.

A política fiscal expansionista do governo contribuiu para um crescimento econômico robusto, o que gerou, segundo o banco, mais demanda por moradias em áreas desejadas. Isso fez com que os preços subissem pelo segundo ano consecutivo, mostrando uma ligeira recuperação do setor. No entanto, o UBS destaca que os preços reais continuam mais de 20% abaixo do pico registrado no final de 2014.

  • Veja o que está influenciando os mercados no Giro do Mercado nesta quinta-feira (26); ao vivo às 12h: 

“Dada a inflação que segue alta, há uma grande probabilidade de aumento da taxa de juros nos próximos trimestres, o que limita o lado positivo dos preços reais dos imóveis residenciais”, avalia a instituição.

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta terça-feira (24), manteve o tom hawkish já adotado no comunicado

Na ata, o Comitê ressalta que a resiliência na atividade, as pressões no mercado de trabalho, o hiato do produto positivo, a elevação das projeções de inflação e as expectativas desancoradas demandam uma política monetária mais contracionista.

Com as altas taxas de juros, o aluguel se tornou uma opção financeiramente mais atraente do que a compra de imóveis, segundo o banco. A demanda crescente por aluguéis levou a um aumento nos valores, o que também afetou o preço de compra das propriedades.

Quais cidades apresentam risco de bolha imobiliária?

O estudo UBS Global Real Estate Bubble Index avaliou ainda outras 24 cidades no mundo e concluiu que o risco de bolhas imobiliárias apresentou uma queda ligeira pelo segundo ano consecutivo. Mesmo assim, uma cidade está no topo da pontuação de risco: Miami.

Desde o final de 2019, os preços dos imóveis em Miami aumentaram quase 50%, e apenas no último ano, cresceram 7%. A cidade norte-americana tem recebido uma atenção especial da alta renda que compete por imóveis à beira-mar, aumentando os preços de compra e aluguel. Além disso, o UBS destaca o volume significativo de transações especulativas agrava o risco de uma correção de preços.

Logo abaixo de Miami, também no patamar de alto risco, estavam as cidade de Tokyo, em segundo lugar, e Zurich, em terceiro.

No geral, o relatório aponta que os desequilíbrios diminuíram na Europa, permaneceram estáveis na Ásia-Pacífico e aumentaram nos EUA. Enquanto isso, Dubai registrou o maior aumento de risco desde meados de 2023.

“Nos últimos quatro trimestres, os preços das moradias aumentaram quase 17% e estão 40% mais altos do que em 2020. O crescimento da renda tem sido robusto e o crescimento do aluguel superou até mesmo o crescimento dos preços, mantendo os rendimentos relativamente altos. Portanto, o risco de bolha está em território moderado, mas aumentou consideravelmente desde meados de 2023”, explica UBS.

Veja o ranking

Cidade Nota Risco
Miami 1,79 alto
Tokyo 1,67 alto
Zurich 1,51 alto
Los Angeles 1,17 Elevado
Toronto 1,03 Elevado
Geneva 1,00 Elevado
Amsterdam 0,98 Moderado
Sydney 0,78 Moderado
Boston 0,78 Moderado
Vancouver 0,77 Moderado
Frankfurt 0,75 Moderado
Hong Kong 0,74 Moderado
Tel Aviv 0,69 Moderado
Dubai 0,64 Moderado
Singapore 0,59 Moderado
Madrid 0,56 Moderado
Munich 0,54 Moderado
San Francisco 0,48 Baixo
London 0,41 Baixo
New York 0,37 Baixo
Paris 0,35 Baixo
Stockholm 0,32 Baixo
Warsaw 0,23 Baixo
Milan 0,20 Baixo
São Paulo 0,04 Baixo

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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