São Paulo: Secretário de segurança fala em rever câmeras em policiais, mas Tarcísio nega; entidades criticam
Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não pretende alterar o programa de câmeras corporais implementado na Polícia Militar. “Tem gerado suas repercussões positivas, tem gerado uma sensação de segurança para segmentos da sociedade, segmentos mais vulneráveis. Então não vamos alterar nada”, disse em coletiva de imprensa.
A fala do governador de São Paulo acontece depois do novo secretário de Segurança Pública dizer que estudava mudanças no programa. “O que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e que pode ser cientificamente comprovado, a gente vai propor possíveis alterações”, afirmou o secretário em entrevista.
Durante as eleições, Tarcísio chegou a defender o fim das câmeras corporais usadas pelos policiais diversas vezes, afirmando que os equipamentos “incomodam e fazem mal para segurança pública do Estado”.
“Deixa o programa fluir, vamos ver observar o andamento, os resultados, conversar com especialistas e ver se tem aprimoramento a fazer. Se você ainda não tem essa convicção você não faz nada”, afirmou o governados nesta semana.
A fala do secretário de governo do estado de São Paulo trouxe repercussões negativas. Procuradores do ministério público do estado afirmaram que retirar as câmeras seria “licença para matar”,. Já o Ministério dos Direitos Humanos do governo federal, com base em estudos de pesquisadores da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP), alertou para o sucesso da medida em relação à letalidade policial.
“O sucesso dessa política demonstrado pela ciência faz com que ela não apenas tenha que ser reforçada e ampliada nas regiões em que é aplicada, mas também que seja estendida a todas as unidades da federação”, afirma a pasta em nota.