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São Martinho tem leve alta com resultado sólido, mas prejudicado pelo açúcar

14 ago 2018, 11:47 - atualizado em 14 ago 2018, 11:48

Cana

Por Investing.com – O Grupo São Martinho (SMTO3) reportou lucro líquido de 104 milhões de reais no primeiro trimestre da safra 2018/19 (abril a junho), queda de 11 por cento na comparação anual, em meio a uma menor receita com açúcar e carregamento de estoques de etanol para venda futura. Diante dos números, as ações operam com ganhos de 0,64% a R$ 18,83.

Para a Coinvalores, o preço do açúcar prejudicou o desempenho da companhia, que mostrou números sólidos nesse primeiro trimestre da safra 2018/19, mas abaixo do reportado um ano atrás, por conta da trajetória negativa do preço da commodity no mercado internacional.

Os analistas destacam que a receita líquida da empresa caiu 11,1%, enquanto o EBITDA caiu 15,6%, resultando em perda de 2,7 p.p. na margem Ebitda. A cana processada foi 8,8% maior que no mesmo período do ano passado, mesmo com piora na produtividade medida em toneladas por hectare.

Além disso, houve melhora no total de açúcar recuperável por tonelada de cana, compensando também o efeito da menor produtividade. Mesmo com aumento na produção total da companhia e a balança pendendo bastante para o lado do etanol no total produzido (66% contra 52% há um ano), o preço do açúcar acabou levando à retração observada na receita e à pressão nas margens.

Na visão da equipe do Morgan Stanley, o Grupo São Martinho está fazendo um bom trabalho em relação à produção e custos, e mais uma vez o etanol ajudou a compensar os preços fracos do açúcar. Para eles, o resultado foi em linha com o esperado e a queda do petróleo Brent e alta nos estoques de etanol no Brasil reduzem os catalisadores de médio prazo.

Para a Mirae Asset, o resultado da companhia veio dentro do esperado, com o resultado afetado pela queda na cotação do preço do açúcar, onde era esperada uma recuperação mais para a virada da safra, pois os analistas aguardavam que o superávit para a safra anterior fosse menor.

A corretora mantém a recomendação de compra, com potencial de valorização de 24%, com perspectiva de retorno a médio / longo prazo. A ação negocia a um múltiplo EV/Ebitda 2018 de 5,2x e de 5,0x para 2019. A dúvida fica em relação ao preço do hedge do açúcar para os próximos trimestres/safra, já que não há expectativa de reversão do superávit global do açúcar no curto-prazo.

Com Reuters.

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