São Martinho (SMTO3): Itaú eleva preço, mas cita preocupações com Petrobras (PETR4), Índia e La Niña; entenda os motivos
O Itaú BBA elevou seu preço-alvo para as ações da São Martinho (SMTO3), de R$ 35 para R$ 37 (potencial de alta de 32,28%). O banco manteve a recomendação de compra.
O banco vê a companhia negociando em 9% do rendimento de FCF (fluxo de caixa do acionista) para o ano fiscal de 2025 e 8,5% para o ano fiscal de 2026, ao mesmo tempo que enxerga um ambiente de ventos favoráveis devido à melhora dos preços do açúcar e do etanol ao longo do ano.
Com isso, o banco incorpora na suas estimativas para São Martinho em um cenário de:
- Aumento da demanda de combustível para o ciclo otto no Brasil combinado com menor oferta de etanol para impulsionar a paridade com os preços da gasolina em São Paulo para atingir 70% em setembro de 2024 e 75% no início de 2025;
- Preços do açúcar sustentados perto do nível de US$ 0,19 no ano fiscal de 2026.
Entre os riscos para ação, segundo o banco, estão a política de preços da Petrobras, a possível retomada das exportações da Índia, o que seria negativo em termos de preço, e os efeitos climático do La Niña.
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A preocupação em relação a estatal se dá porque os preços do etanol no Brasil tendem a seguir uma regra de paridade de 70% em relação aos preços da gasolina.
Em relação ao La Niña, as incertezas estão por conta da volatilidade e irregularidade de chuvas no Brasil, que não costumam favorecer a moagem no Centrol-Sul em anos do fenômeno climático. No sul da Ásia, os anos de La Niña costumam resultar em chuvas de monções, o que favorece a produtividade na região.
No começo da semana, a São Martinho informou que aproximadamente 20 mil hectares de cana-de-açúcar foram atingidos entre pelos incêndios generalizados.