São Martinho (SMTO3) e Compass fecham contrato para venda de biometano
A São Martinho (SMTO3) e a Compass anunciaram na noite de segunda-feira (6), após o fechamento do mercado, a assinatura de um contrato para comercialização de biometano.
O gás de origem renovável, será produzido pela São Martinho na unidade Santa Cruz, localizada em Américo Brasiliense (SP), e será adquirido pela Compass – que levará ao mercado brasileiro mais uma alternativa de suprimento.
O contrato tem prazo de cinco anos renováveis por mais cinco, com volume médio de produção de 63 mil metros cúbicos de biometano por dia durante o período de safra (abril a novembro), a partir de 2025.
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Este é o maior contrato do país, em volume, entre um produtor de biometano do setor sucroalcooleiro e uma comercializadora independentes entre si.
Produção de biometano
O biometano será produzido a partir da purificação do biogás gerado pela biodigestão da vinhaça de cana-de-açúcar, um resíduo proveniente da fabricação de etanol.
A construção da planta de biometano da Santa Cruz — um investimento de R$ 250 milhões anunciado pela São Martinho em outubro — marca a entrada da empresa no mercado de gás natural de origem renovável.
“Esse novo negócio está alinhado ao nosso plano estratégico e nos permite aumentar a rentabilidade por hectare cultivado e diversificar nossa receita em renováveis”, afirma Fabio Venturelli, presidente da São Martinho.
Na Compass, a assinatura do novo contrato potencializa o crescimento do segmento de marketing & serviços da companhia.
“Estamos construindo um portfólio de soluções cada vez mais completas e sob medida para os nossos clientes na direção de uma transição energética segura e eficiente para uma economia de baixo carbono. Esse contrato é mais um estímulo para o desenvolvimento do biometano e também do mercado livre de gás”, explica Nelson Gomes, presidente da Compass.
Emissão de debêntures pela Compass
Na semana passada, a Compass anunciou a emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures com metas ESG, sendo uma delas justamente aumentar o volume de distribuição de biometano.
O plano da companhia é usar os recursos para investimentos e reforço do capital de giro. Os títulos terão prazo de sete anos e a remuneração das debêntures será de 100% do CDI mais um spread de 1,55% ao ano.
Esta remuneração já conta com incentivo de 0,25% ao ano, vinculado a duas metas ESG:
- atingir o volume de 250 mil m3/dia de biometano distribuídos até 2027 (500 mil m3/dia até 2030); e
- atingir 47% de pessoas que se enquadrem em critérios de diversidade em cargos de liderança até 2027 (50% até 2030).