São Martinho (SMTO3) deve reportar 2T25 forte, mas sem catalisadores, vê XP; o que fazer com ação?
A São Martinho (SMTO3) deve reportar resultados sólidos no 2T25 (segundo trimestre da safra 2024/2025), em 11 de novembro, de acordo com a XP Investimentos.
No entanto, os analistas contam com uma recomendação neutra para ação (preço-alvo de R$ 33,20 e potencial de alta de 27,55%), já que continuam a ver riscos de baixa em relação ao consenso de mercado, enquanto o valuation permanece pouco atrativo, na avaliação deles.
Segundo a XP, os resultados devem refletir a tendência positiva do setor de açúcar e etanol, com projeção para receita líquida de R$ 1,8 bilhões (avanço de 20% ano a ano) e Ebitda ajustado de R$ 762 milhões (+16% ano a ano), refletindo volumes e preços mais altos.
Os analistas projetam melhores margens sequencialmente devido à maior diluição de custos, juntamente com melhores preços do etanol impulsionados pela demanda aprimorada.
“No lado operacional, estimamos um esmagamento de cana-de-açúcar de 10.114 mil toneladas, que poderia ser maior considerando os recentes incêndios. Embora esperemos um trimestre sólido e antecipemos um potencial aumento de curto prazo nos preços do açúcar”, explicam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.
SMTO3: 2T25 sólido e perspectivas para 25/26
A XP estima que os volumes e preços do açúcar aumentem 8% e 6% no comparativo anual, respectivamente, levando a receita líquida de açúcar a R$ 964 milhões (+15% ano a ano).
“No lado do etanol, esperamos que a companhia acelere as vendas, já que os preços se recuperaram refletindo uma demanda mais forte. Projetamos volumes e preços de etanol em alta de 15% e 19% anualmente, respectivamente, o que deve levar a uma receita líquida de etanol de R$ 587 milhões (+16% ano a ano)”, veem.
Na visão dos analistas, a área de cana-de-açúcar e o mix de açúcar são as variáveis mais importantes que ditam as estimativas para 2025/2026.
“Esperamos que a safra de cana-de-açúcar do Centro-Sul para 25/26 esteja próxima da nossa estimativa de 24/25, em torno de 605 milhões de toneladas, embora atualmente estejamos acima do consenso. A previsão do tempo deve ser monitorada de perto, já que a safra de 25/26 está se desenvolvendo sem reservas de umidade no solo”.
Apesar de uma visão majoritariamente positiva sobre a produção, a longa entressafra deve ser o fator mais importante para os preços de curto prazo, segundo a XP, com a desaceleração das exportações e o período de estoques mais baixos.