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São Martinho (SMTO3): Citi eleva recomendação por subvalorização e impulso no 2S25; ação sobe

19 nov 2024, 11:06 - atualizado em 19 nov 2024, 11:07
são martinho smto3
(Imagem: Linkedin/São Martinho)

O Citi atualizou seus modelos para São Martinho e Raízen, elevando a recomendação de SMTO3 para compra e mantendo a indicação de RAIZ4 também de compra, com preços-alvos de R$ 33 e R$ 4,50, respectivamente. Por volta de 10h42, a ação da São Martinho avançava 3,20%.

Para o banco, os preços do etanol devem aumentar na temporada de entressafra, devido a um aperto no equilíbrio doméstico para oferta e demanda, enquanto a gasolina deve permanecer estável pela Petrobras (PETR4), já que a tendência de taxa de câmbio mais alta sustenta o preço atual.

Já os preços do açúcar podem permanecer em um nível saudável nos próximos períodos, dado o potencial de uma seca longa e severa no Centro-Sul Brasil, onde os principais países produtores de açúcar não podem preencher totalmente o déficit projetado.



“No preço atual, vemos a SMTO3 subvalorizada, pois a empresa deve se beneficiar de números mais altos no 2S25, o que implica um rendimento FCF recorrente atrativo de c.10%-11% em 2024/25 – 2025/26E, apoiando nossa atualização”, apontam Gabriel Barra e Pedro Gama.

SMTO3: Queda no lucro do 2T25 e impulso do Combustível do Futuro

A São Martinho viu seu lucro líquido cair 55,2%, para R$ 187,5 milhões, no segundo trimestre da safra 2024/25 (2T25).

Já o Ebitda ajustado da companhia totalizou R$ 943,1 milhões no período, um crescimento anual de 44%. A margem Ebitda teve alta de 5 pontos percentuais (p.p.), chegando a 48,1%. Segundo a São Martinho, a performance reflete os maiores preços e volumes comercializados, com destaque para o etanol.

Pedro Resende, analista de renda variável da Trígono Capital, diz que o Combustível do Futuro, que promete destravar investimentos de R$ 260 bilhões, deve beneficiar empresas como a São Martinho, Jalles (JALL3) e Kepler Weber (KEPL3).

“A São Martinho ter um benefício indireto, que é a sustentação do açúcar pela maior demanda de cana-de-açúcar para produção de etanol e, futuramente, o SAF. A empresa também investe em biometano, que vamos ter mandatos para mistura de biometano no gás natural, que começa em 2026 com 1% e aumenta gradualmente”, diz.