São Martinho (SMTO3): Lucro líquido salta mais de 300%, para R$ 627,3 mi no 4T24; empresa anuncia JCP e guidance da safra 24/25

A São Martinho (SMTO3) reportou na noite de ontem (17) seus resultados referentes ao quarto trimestre da safra 23/24 (4T24). A SMTO3 registrou lucro líquido de R$ 627,3 milhões, um avanço de 313,02% na comparação com os R$ 151,877 milhões do 4T23.

A empresa viu seu Ebitda ajustado avançar 25,8% na comparação com o mesmo trimestre do ciclo anterior, passando de R$ 917,140 milhões para R$ 1,154 bilhão. A receita líquida cresceu 33,4% no mesmo comparativo, para R$ 2,423 bilhões.

Já o índice de alavancagem da companhia ficou a 1,08x Dívida Líquida/Ebitda ajustado LTM ao final do 4T24. Em 31 de março de 2024 as fixações de preço de açúcar para a safra 24/25 totalizavam ~665 mil toneladas, a um preço de ~R$ 2.658/ton.

Guidance da São Martinho aponta queda para o etanol e avanço no açúcar

O grande dado esperado pelo mercado ficava por conta do guidance da safra 2024/2025. A empresa indica que a produção de açúcar deve crescer 5,9% na safra 24/25, enquanto o etanol deve ter uma queda de 5,1%.

A São Martinho espera moer menos cana-de-açúcar no novo ciclo, com a moagem de 22,4 milhões de toneladas (queda de 2,9%). No entanto, o ATR médio de 140,9 kg/ton na nova safra (avanço de 3%) deve resultar em um total de 3.155,6 mil toneladas de ATR produzido para a safra 24/25, em linha com os 3.155,1 mil toneladas de 23/24

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Segundo a empresa, a estabilidade de oferta de produto na evolução das safras (em ATR produzido) acontece com um mix mais açucareiro nas operações de cana, refletindo uma visão de maior rentabilidade para o açúcar em relação ao etanol no momento de definição do guidance de produção

A São Martinho, por sua vez, deve ter um avanço de 26,7% no milho processado, com a produção do etanol a partir do grão crescendo 28,2% no novo ciclo, o que deve compensar um menor volume produzido do biocombustível a partir da cana.

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São Martinho anuncia JCP

A empresa também anunciou o pagamento do valor bruto de R$ 150 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP), equivalente a R$ 0,445733054 por ação, com retenção de Imposto de Renda na Fonte.

O montante de JCP será pago aos acionistas no dia 2 de julho, sem atualização monetária, e será deduzido dos dividendos do exercício social a ser encerrado em 31 de março de 2025.

Terão direito ao recebimento de JCP os acionistas da posição acionária verificada em 20 de junho de 2024, sendo as ações negociadas “ex” JCP a partir de 21 de junho de 2024.

Veja os comunicados