São Carlos vende terreno por R$ 14 mi em São Paulo
Por Investing.com – Em fato relevante divulgado na noite de ontem, a São Carlos Empreendimentos (SCAR3) e Participações informou que a subsidiária 253 Participações vendeu um terreno de 19,5 mil metros quadrados ao lado do Centro Empresarial Tietê, pelo valor de R$ 42 milhões. Do total, R$ 14 milhões já foram pagos e o restante será quitado até 6 de maio de 2019, corrigido pelo IPCA.
Em relação ao acordo, a Suno Research observa que Centro Empresarial Tietê é composto por uma torre de escritórios classe A, o terreno alienado ontem, e outro terreno com 15,02 mil metros quadrados, que foram adquiridos recentemente por cerca de R$ 30 milhões.
Os analistas explicam que praticamente todo lucro da São Carlos vem da divisão corporativa. Neste modelo a companhia busca adquirir imóveis comerciais com a finalidade de agregar valor no empreendimento para depois vendê-lo com lucro.
Os imóveis buscados pela São Carlos costumam ser prédios de escritórios de padrão A, localizados no Rio de Janeiro ou São Paulo, quase exclusivamente nas capitais de cada estado.
A casa de análise destaca que companhia só adquire estes imóveis quando entende ser capaz de gerir ativamente o empreendimento de forma a aumentar a receita de aluguel.
Para os analistas, a São Carlos, apesar de estar posicionada em um setor cíclico, conseguiu criar valor aos seus acionistas ao longo do tempo, através da alocação eficiente de capital, controle do endividamento, e gestão de custos operacionais.
Eles acreditam também que o valor de mercado do portfólio deva continuar aumentando nos próximos trimestres dando continuidade a tendência dos últimos 12 meses.
Para a Suno, o mercado imobiliário de São Paulo já está em processo de recuperação generalizada, com vacância claramente em tendência de queda. A situação do Rio de Janeiro parece estar estabilizada, e a companhia conseguiu manter o mesmo nível de vacância do último ano.
“O portfólio da empresa é bem posicionado, de forma que a recuperação dos aluguéis e valor de mercado dos imóveis da empresa devem se recuperar mais rapidamente do que a média da cidade”, explica a Suno em relatório enviado a clientes.
A companhia atua praticamente sem concorrência, e pelo que a companhia informou, as vendas dos lojistas nestes centros estão crescendo acima do ritmo das lojas similares posicionadas em shoppings.
Com isso, os analistas acreditam que o desconto atual em relação ao NAV é injustificado, visto que a empresa negocia com desconto em relação a pares menos eficientes, aos seus múltiplos históricos, e com um portfólio em plena recuperação. Dessa forma, acreditam que possa existir um representativo potencial de retorno para as ações da São Carlos no longo prazo.