Santos Brasil ou CCR? Quem se deu melhor no leilão de infraestrutura?
O Governo Federal pisou no acelerador e está andando com as concessões de ativos de infraestrutura no país, promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro.
Tocado pelo ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, o governo licitou com sucesso cinco terminais portuários, resultando em R$ 216 milhões de taxas de concessão e R$ 555 milhões de investimentos.
Além disso, houve o leilão de aeroportos, onde foram concedidos 22 terminais. Com oferta de R$ 2,88 bilhões, a CCR (CCRO3) levou a concessão de 9 terminais do bloco Sul, o mais cobiçado.
A francesa Vinci, que já opera o terminal de Salvador, ficou com o bloco de sete terminais da região Norte, com lance de R$ 420 milhões.
Para a Ágora Investimentos, a Santos Brasil (STBP3) foi o grande destaque dessa primeira rodada.
A empresa vem colecionando boas notícias nas últimas semanas: além do leilão, já mencionado, a companhia renovou o contrato com a sua principal cliente, a Maersk.
Segundo a corretora, os investimentos nos portos podem acrescentar R$ 0,10 às ações da Santos Brasil.
“As ações estão sendo negociadas a 7,4x EV / EBITDA estimado para 2022, um desconto de 17% para os pares globais”, acrescentam Victor Mizusaki e José Cataldo.
No caso da CCR, a dupla destaca que a empresa foi a grande vencedora da 6ª rodada de concessões de aeroporto.
“De acordo com o estudo de viabilidade econômica divulgado pelo Governo Federal, os dois blocos (Centro e Sul) podem adicionar R$ 328 milhões de Ebitda, que mede o resultado operacional, em 2022, o que a nosso ver pode compensar 23% da redução do Ebitda com o fim da NovaDutra e da Rodonorte”, destacam.
A Ágora tem recomendação de compra tanto para a CCR, com preço-alvo de R$ 18, quanto para a Santos Brasil, que tem preço-alvo de R$ 12.