Arena do Pavini

Santander vê juro em 6,75% até meados de 2019; taxa de 7% já é a menor em 60 anos

06 dez 2017, 19:59 - atualizado em 06 dez 2017, 19:59

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) baixou os juros para 7% ao ano, a menor taxa do país desde os anos 1950, ou seja, em 60 anos, e ela deve cair ainda mais, para 6,75% ao ano em fevereiro, e continuar baixa por um longo tempo, acredita Maurício Molon, economista-chefe do Santander Brasil. Segundo ele, há condições para isso, já que a inflação está em um nível baixo, a ociosidade das empresas é alta e a recuperação da economia ainda é lenta.

Molon não acredita, porém, que a Selic vai cair abaixo de 6,75% ao ano como projetam alguns analistas, pois o crescimento econômico será mais forte que o esperado. “Trabalhamos com um crescimento de 3,2% em 2018 e 2019, o que faria o BC parar a baixar os juros para estimular a economia, mas se houver uma surpresa que frustre esse crescimento, o BC deixou a porta aberta para rever isso”, afirma.

Sobre os fatores que podem influenciar a decisão de fevereiro, Molon cita a reforma da Previdência, mas também o cenário externo, o fim da deflação de alimentos, a frustração de expectativas com as reformas e os mecanismos inerciais de inflação. “O Copom sinalizou com um novo corte, menor que o atual, de 0,25 ponto em fevereiro, mas isso pode mudar com o balanço de riscos”, diz.

Ele espera que o juro permaneça em 6,75% ao ano até o terceiro trimestre de 2019, quando voltaria a subir para um nível neutro, de 8,5% a 9% ao ano, o que, com uma inflação de 4% ao ano equivaleria a um juro real de 4% a 4,5%.

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A reação do mercado deve ser que o corte de 0,25 ponto em fevereiro poderá sem ampliado caso a reforma da Previdência seja aprovada. “Como temos agora uma aposta maior na aprovação da reforma, o mercado pode rever a expectativa para um corte de 0,5 ponto”, diz. De qualquer maneira, o mercado de juros continuará reagindo aos avanços e recuos da reforma da Previdência, afirma Molon. “Se ela for aprovada, a reação será muito positiva, pois ela não está nos preços do mercado, mas se não for, não deve ter um impacto negativo tão forte”, explica. Molon diz que trabalha com a expectativa de que a reforma da Previdência será aprovada até o começo de 2019. “E a queda recente do dólar diante do real já reflete essa expectativa maior de aprovação”, diz.

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