Commodities

Santander sugere comprar Vale e Gerdau nas perspectivas para 2018

21 dez 2017, 18:50 - atualizado em 21 dez 2017, 18:50

O Santander vê com bons olhos a onda de racionalidade permeando as empresas de siderurgia e mineração em termos de alocação de capital e geração de caixa. Para 2018, o analista Renato Maruichi tem recomendação de compra para Vale e Gerdau no setor.

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“Apesar de acreditarmos que a produção siderúrgica chinesa deverá apresentar uma redução estrutural no longo prazo devido à crescente adoção de práticas favoráveis ao meio-ambiente e a uma mudança em sua matriz macroeconômica, identificamos alguns indicadores macroeconômicos que indicam uma atividade industrial ainda sólida”, escreve em relatório.

Isso, juntamente com baixos estoques de aço, vem sustentando preços saudáveis para o minério de ferro, avalia Maruichi. Ele projeta preço médio do minério de ferro em US$ 60 a tonelada em 2018, relativamente estável em relação às cotações atuais do mercado à vista.

Vale

O banco sugere compra para as ações da Vale (VALE3) e reduziu o preço-alvo para o fim de 2018 de R$ 42,96 para R$ 40,40. “Nossa estimativa de preço médio do minério de ferro de US$ 60 a tonelada para 2018 abre caminho para um retorno do FCLA (fluxo de caixa livre ao acionista) de 13% em dólares, acima do custo de capital calculado para a empresa”, observa Maruichi. Ele destaca também a redução da alavancagem da empresa.

Gerdau

A recomendação do analista para Gerdau (GGBR4) é de compra, com preço-alvo de R$ 16. O analista entende que as ações da siderúrgica ficaram para trás dos pares do setor no acumulado do ano e agora deve alcança-las. “A Gerdau demonstrou nos últimos trimestres que é capaz de compensar até certo ponto o Ebitda fraco com expressiva execução interna em termos de gestão de capital de giro e investimentos controlados.”

Usiminas

O analista do Santander recomenda “manutenção” para os papéis da Usiminas (USIM5), estimando preço-alvo de R$ 9,50. “Acreditamos que a ação USIM5 precifica em muito a melhoria que previmos no final de 2016.” Ele menciona os sinais de retomada na demanda por anos planos domésticos e faz uma ressalva sobre o desalinhamento entre os acionistas controladores.

CSN

Renato Maruichi, do Santander, apresentou preço-alvo para as ações da CSN (CSNA3) para o fim de 2018 de R$ 9, ante R$ 6 para o fim de 2017. O viés segue pessimista e a recomendação é “abaixo do mercado”. Ele prevê Ebitda estável em R$ 4,67 bilhões no ano que vem. “Estimamos que a CSN praticamente não apresentará geração de caixa em 2017 e 2018, acompanhada por endividamento elevado e caro.”