Santander (SANB11) vai continuar recuperação? Veja o que esperar do resultado da próxima quarta
O Santander (SANB11) vai abrir os trabalhos da safra de balanços dos bancões com a expectativa de continuar a recuperação vista no primeiro trimestre de 2024. Após longo período de ‘inverno’, onde os números ficaram aquém do esperado por analistas, o banco mostra sinais de melhora.
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Segundo o JPMorgan, o bancão terá recuperação no ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), indicador olhado com lupa por investidores. Além disso, o JP diz que a maior parte da piora do NPL (quando um cliente bancário deixa de pagar as prestações de um empréstimo) já ficou para trás. O banco também espera que o Santander retome o crescimento dos empréstimos.
O JP também lembra que o banco é o maior player em empréstimos para automóveis no Brasil, o que vem bem a calhar, já que o setor exibe sinais de melhora. Por outro lado, a linha de outras despesas (ou seja, custas judiciais e despesas relacionadas a receitas) permanecerá sob pressão.
A perspectiva é que o Santander lucre R$ 3,309 bilhões, alta de 43% ante o ano passado e 10% em comparação ao trimestre anterior.
Para a XP, o ritmo de crescimento permanecerá saudável, pois o banco continuou dizendo que seu apetite ao risco permanece o mesmo, especialmente em linhas garantidas para pessoas físicas e PMEs (pequenas e médias empresas). A corretora espera alta de 7,7% na carteira de crédito.
“Esses efeitos combinados devem levar a um lucro líquido recorrente maior de R$ 3,33 bilhões no trimestre, implicando um ROE de 15,5%”, discorre.
Analistas da Genial esperam que o Santander repita o bom desempenho do primeiro trimestre e continue mostrando recuperação, com sinais de melhora da rentabilidade.
A casa ressalta que isso ocorrerá de forma mais gradual, sem grandes surpresas. Para o trimestre, a corretora projeta lucro líquido recorrente de R$ 3,24 bilhões, aumento de 7,5% no trimestre e 40,6% no ano.
A casa também espera expansão no ROE de 0,85 ponto percentual no trimestre e 3,67 no ano para 14,6% — embora em processo de melhora, o desempenho ainda está abaixo dos níveis históricos do banco.
Os spreads devem continuar mais pressionados devido a um mix ainda conservador e efeitos no funding com a curva de juros.
“Assim, estimamos que a receita líquida de juros (NII Clientes) deva apresentar pouca evolução em relação ao trimestre anterior (t/t). Além disso, esperamos que a tesouraria (NII Mercado) não tenha grande variação t/t devido à volatilidade na marcação a mercado”, completa.