Santander (SANB11) pode ver lucro disparar 70% na próxima quarta, preveem analistas
O Santander (SANB11) vai abrir a safra de resultados dos bancões e pode ver o seu lucro saltar 70% no quarto trimestre ante o mesmo período do ano passado, prevem analistas. O BTG, por exemplo, vê lucro de R$ 3,7 bilhões, expansão de 70%, e ROE, retorno sobre o patrimônio líquido, de 16,2%.
Isso se deve, em parte, a base de comparação fraca, já que a filial do banco espanhol vem de uma recuperação dos números após sofrer com a deterioração da qualidade de ativos no pós-pandemia.
Segundo os analistas, o Santander adotou uma abordagem mais disciplinada desde o segundo trimestre, com foco na rentabilidade devido ao cenário macro desafiador — algo que permanece inalterado.
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Para o quarto trimestre, o BTG vê o saldo da carteira de crédito acelerar ligeiramente, impulsionado pelos impactos do câmbio em empréstimos em dólares e pela ausência de baixas contábeis relacionada ao caso de Americanas.
Além disso, durante o quarto trimestre, a qualidade dos ativos deve permanecer sob controle, com o banco provavelmente reservando perto de R$ 6 bilhões em provisões.
Trimestre morno do Santander
A Genial também calcula expansão de 69% no lucro, a R$ 3,73 bilhões, apesar da expansão modesta ante o terceiro trimestre (1,8%).
Na visão da casa, o banco deve acelerar o crédito para pessoa física, especialmente em cartões e financiamento imobiliário, além de apresentar dinâmica positiva para PMEs (foco em médias empresas) e atacado, que deve se beneficiar da valorização do dólar.
Por outro lado, a carteira de consignado deve seguir pressionada pelo teto de juros. A estratégia do Santander permanece voltada à priorização de rentabilidade em detrimento do crescimento acelerado.
“As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) devem permanecer sob controle, marcando uma queda de 14,2%, contribuindo positivamente para a expansão do lucro no período”.
A XP vai na mesma linha. Para a casa, haverá crescimento saudável da carteira de empréstimos total de 6,3% ano a ano, praticamente em linha com o trimestre anterior. O crescimento nos cartões de crédito para indivíduos e PMEs deve compensar o menor crescimento dos empréstimos consignados.
Recentemente, a corretora elevou o banco para compra, com preço-alvo de R$ 35, potencial alta de 40%.
“A estratégia do Santander de diversificar seu financiamento de fontes institucionais para o varejo deve melhorar as margens de juros líquidas”, afirmaram.