Santander (SANB11): O dilema a ser resolvido no balanço do 2T23
O Santander tem um dilema para resolver no balanço do segundo trimestre de 2023, que será divulgado antes da abertura do mercado desta quarta-feira (26), afirmam analistas.
No mês passado, o STF julgou procedente a cobrança de PIS/Cofins sobre a receita financeira – como juros, por exemplo – dos bancos entre 2000 a 2014.
A decisão deve fazer com que o Santander provisione R$ 4,2 bilhões, estimam analistas. O valor havia sido, no primeiro trimestre, movido de provisões de riscos fiscais para provisões de crédito de liquidação duvidosa porque a probabilidade de incidência do imposto foi considerada naquela momento menor.
“É de se esperar que o Santander provisione novamente esse saldo, mas como fará esta realocação ainda não sabemos, e dessa vez pode ser que passe pelos resultados, caso o banco não queira retirar o reforço feito para o crédito”, disse o Inter em relatório.
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Efeitos positivos de renegociações do Santander
Os analistas da instituição destacaram que o Santander deve ter um leve aumento da inadimplência, mas com efeitos positivos de renegociações, desaceleração nas concessões e mix de carteira mais colateralizado do que safras passadas.
“Os efeitos de fechamento da curva podem trazer algum benefício no resultado com tesouraria do banco, mas o NII (receita líquida de juros) com clientes ainda deve mostrar um avanço tímido refletindo um menor ritmo de concessões e um mix mais voltado a créditos colateralizados, que trazem menores spreads”, disseram.
A Genial Investimentos afirmou que o Santander continuará com um balanço em níveis fracos, apresentando uma rentabilidade (ROE) de apenas 10,4% e um lucro líquido de R$ 2,19 bilhões, queda anual 46,4%.
No entanto, os números ainda não incorporam a possível provisão para fins fiscais. A corretora também não considera a entrada do valor da venda de parte da Web Motors no montante bruto de R$ 1,24 bilhão.