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Santander (SANB11): Lucro salta 44%, soma R$ 3,3 bi no 2T24 e fica pouco acima das expectativas

24 jul 2024, 7:10 - atualizado em 30 jul 2024, 2:25
Santander
(Imagem: REUTERS/Raquel Cunha)

O Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 44,3% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta-feira (24).

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A cifra ficou pouco acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,2 bilhões.

O banco divulga seu balanço em meio à expectativa de recuperação dos números, após longo período de ‘inverno’, onde as cifras ficaram aquém do esperado por analistas.

Seu ROAE, que mede o retorno sobre o patrimônio e indicador olhado com lupa por analistas, recorrente subiu 4,3 pontos percentuais, para 15,5%. O número ficou dentro do esperado por analistas da XP Investimentos.

A margem financeira alcançou R$ 14,8 bilhões, salto de 10,6% no ano, mas queda de 0,3% no trimestre. O banco destaca a margem com mercados, com a recuperação e resultados positivos nos primeiros seis meses do ano, apesar da volatilidade no período.

Com isso, o banco dá andamento ao seu processo de reajuste e retorno das margens. No relatório, o Santander classifica como “relevante” a evolução do banco, com expansão positiva da margem de clientes, puxado por maiores volumes com a margem de mercado.

“Seguimos nossa retomada consistente de crescimento e de rentabilidade, com expansão de negócios, evolução das alavancas e transformação constante junto aos nossos clientes, colaboradores, acionistas e sociedade”, explica o CEO, Mario Leão.

ROE do Santander mostra tendência de melhora nos últimos trimestres (Fonte: Ellos Consultoria)

A carteira de crédito totalizou R$ 538.502 bilhões, alta de 2,5% na comparação trimestral, puxado pelo aumento de 4,5% em financiamento ao consumo e crescimento 4,1% em grandes empresas, impactado pela variação cambial.

Santander: Qualidade do balanço

Em relação ao índice de inadimplência, que mede a capacidade dos clientes de honrarem suas dívidas, o Santander mostrou melhora na maioria dos indicadores.

O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,2% em junho de 2024, estável no trimestre e com uma queda de 0,2 ponto percentual no ano.

Para pessoa física, o índice caiu 0,1 ponto percentual no ano. Por outro lado, houve piora de 0,5 ponto percentual no caso das pequenas e médias empresas.

“Os índices permanecem controlados, com destaque para a performance em pessoa física, onde o índice de curto prazo alcança o melhor patamar desde o 2022”, diz.

Um outro destaque foi a receita com comissões, que inclui tarifas com cartões, conta-corrente, seguros e outros itens, com salto de 17,5%, totalizando R$ 5,1 bilhões. O banco afirma que receitas de seguros, cartões e operações de crédito ajudaram a turbinar a linha.

A provisão para perdas com empréstimos recuou 1,4%, para R$ 5,89 bilhões, puxado pela melhora da qualidade de crédito, enquanto a carteira de empréstimos consolidada do banco aumentou 7,8%, para R$ 665,59 bilhões.

“Apresentamos uma clara expansão da NII do cliente, impulsionada por volumes mais altos, com a NII do mercado em níveis positivos. As tarifas também cresceram de forma consistente”, disse Mario Leão.

Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,3 bilhões, praticamente estáveis em três meses. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, no entanto, as despesas cresceram 4,6%, impactadas pelo crescimento das despesas de pessoal, principalmente devido reflexo do dissídio da categoria.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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