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Santander (SANB11): Lucro sobe 34%, soma R$ 3,7 bi no 3T24 e bate expectativas

29 out 2024, 6:27 - atualizado em 29 out 2024, 9:52
Santander
(Imagem: iStock/Lux Blue)

O Santander (SANB11) deu o pontapé inicial dos resultados dos bancões com lucro líquido gerencial de R$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre de 2024, alta de 34% em relação ao mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (28).

A cifra ficou pouco acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 3,5 bilhões.

O banco divulga seu balanço em meio à recuperação dos números. No segundo trimestre, as cifras bateram expectativas e agradaram analistas. Porém, no ano, a ação pouco andou, em meio ao cenário difícil para o mercado brasileiro.

Segundo o Safra, assim como no segundo trimestre, o resultado positivo do terceiro trimestre foi novamente impulsionado por menores provisões líquidas, principalmente em recuperações mais altas, mas mantendo a melhora nas tendências de qualidade dos ativos.

No ROE (retorno sobre o patrimônio), indicador que mostra a rentabilidade do banco e muito observado pelo mercado, houve aumento considerável de 4 pontos percentuais, para 17%. Casas como Itaú e XP esperavam 16%. Dessa forma, o banco segue a sua trajetória de melhora, conforme a tabela abaixo.

No relatório, o CEO do Santander, Mario Leão, destaca que inicia 2025 pronto para dar continuidade à “nossa trajetória de evolução do ROE tento a tecnologia como uma importante alavanca para criar valor e experiência”.

As receita totais ficaram em R$ 20 bilhões, elevação de 15,1% ante o mesmo período do ano passado.

A margem financeira alcançou R$ 15,2 bilhões, alta de 15,8% no ano e 3,2% no trimestre. O banco diz que a linha foi beneficiada por maiores volumes e mix e em margem com mercado, puxado pelo maior resultado de tesouraria.

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 663,5 bilhões, alta de 6,1% na comparação no ano. Segundo o banco, o crescimento foi reflexo da priorização de negócios estratégicos. Já na comparação trimestral, a carteira ficou estável, devido à “disciplina na alocação de capital”.

Em relação ao índice de inadimplência, que mede a capacidade dos clientes de honrarem suas dívidas, o Santander mostrou melhora na maioria dos indicadores.

O índice de 15 a 90 dias atingiu 3,6% em setembro de 2024, estável no trimestre e com queda de 0,5 ponto percentual no ano, “graças a melhora relevante tanto em pessoa jurídica (empresas) quanto em pessoas físicas”.

Já a provisão para perdas com empréstimos subiu 4,7%, a R$ 5,8 bilhões, no ano, mas caiu 0,2% no trimestre, segundo o Santander, puxado pela perfomance de recuperação de crédito. Em relação à alta no ano, o banco lembra que o número ficou pouco abaixo do crescimento da carteira de crédito no período.

As despesas gerais totalizaram R$ 6,4 bilhões, alta de 2,3% no trimestre e 5,9% no ano. Houve impacto dos acordos coletivos de 2023 e 2024 aplicados sobre a base salarial dos colaboradores.