Santander (SANB11) tem lucro de R$ 4 bilhões no 1T22, com impacto de inadimplência
O Santander Brasil (SANB11) divulgou nesta terça-feira (26) que teve um lucro líquido gerencial de R$ 4,005 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 1,3% sobre o mesmo período de 2021.
O valor está levemente abaixo do esperado pelo mercado, de R$ 4,011 bilhões, conforme projeções reunidas pela Bloomberg.
O banco também informou que o resultado de créditos de liquidação duvidosa somou R$ 4,6 bilhões, aumento de 45,9% na base anual.
A alta da linha que registra valores que a instituição deixará de receber de seus clientes devedores se deve ao “cenário macro do país”, segundo o Santander – com inflação, juros e desemprego em alta.
O Santander teve redução nas receitas de recuperação de créditos baixados para prejuízo, de 1,6% no ano. O custo de crédito alcançou 3,5%, aumento de 0,89 p.p. no ano e 0,71 p.p. no trimestre.
Segundo o banco, as despesas de provisão cresceram 36,7% em doze meses, devido a deterioração “controlada” da qualidade, crescimento da carteira de crédito no segmento varejo e pela mudança no mix de produtos.
O Santander informou que o índice de inadimplência superior a 90 dias aumentou 0,77 p.p. no ano e atingiu 2,9% em março de 2022. O índice de inadimplência de 15 a 90 dias atingiu 4,2%, avanço de 0,64 p.p. no ano.
Já a margem financeira líquida caiu 9,1%, para R$ 9,3 bilhões.
No 1T22 a rentabilidade (ROAE) do Santander alcançou 20,7%, avanço de 0,1 ponto percentual na base anual. A margem financeira bruta atingiu R$ 13,9 bilhões no 1T22, alta de 3,8% em doze meses.
Segundo o banco, a boa performance se deve a margem com clientes, que cresceu 29,6% no ano, influenciada principalmente por maiores volumes e spreads.
Santander: juros e cartões
A margem de operações com o mercado do Santander caiu 96,9% em um ano, a R$ 84 milhões, por conta da sensibilidade negativa ao movimentos de alta da curva de juros.
O banco informou que as receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 4,6 bilhões milhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 5,7% no ano em função de maior transacionalidade e de vinculação do clientes, com destaque para receitas de cartões.
As receitas com cartões atingiram R$ 1,3 bilhão, alta de 27,7% em função do crescimento de 30,9% do faturamento de crédito e expansão da base de clientes cartonistas (11,4%), de acordo com o Santander.
As despesas gerais alcançaram R$ 5,5 bilhões no 1T22, alta de 10,5% no ano, mas abaixo da inflação de 11,30% do período.
Veja o documento divulgado pelo Santander:
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