Santander (SANB11) lucrará, mas não deverá ser o destaque; veja o que esperar do balanço

O Santander (SANB11) deverá divulgar o seu resultado do primeiro trimestre de 2022 na próxima terça-feira (26), abrindo a safra de resultados dos bancãos no trimestre. Veja o que esperar.

Santander: Fracos resultados comerciais

Para o UBS, o Santander (SANB11) apresentará margens sólidas no primeiro trimestre em varejo (para segmentos mais arriscados) e um crescimento decente de empréstimos.

“Por outro lado, suas margens de mercado, que haviam sido muito fortes durante o período de taxas de política monetária mais baixas, podem sofrer no primeiro trimestre (e nos próximos trimestres)”, aponta.

O banco suíço projeta lucro líquido de R$ 3,9 bilhões para o Santander, estável em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o ROAE (retorno sobre o patrimônio médio) ficará um pouco abaixo do limite de 20%. “Esse seria o segundo trimestre consecutivo abaixo de 20%, após vários trimestres acima”.

Os analistas  da Ativa projetam crescimento de 2,1% no produto bancário de Santander, impulsionando por um aumento de 6,2% na margem financeira gerencial apesar da redução de 9,5% na receita com comissão e tarifas.

Porém, a corretora fala em piora de 12,1% no custo de crédito, que deve impactar o resultado antes da tributação e participações minoritárias, apresentando queda de 1,3%. Já o lucro líquido reduzirá em 1,2%, diz.

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Na avaliação do Safra, o banco deverá apresentar resultados “medíocres”, puxado pela forte diminuição da renda líquida com juros (NII) e uma normalização no custo da linha de risco.

“Apesar do pouco queda em relação ao trimestre anterior, esperamos que sua Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PDD) continua a crescer em relação ao mesmo período do ano passado, já caminhando para níveis mais normalizados”, diz.

O banco projeta lucro líquido estável para  Santander, próximo ao do ano passado e com um pequeno melhora em relação ao trimestre anterior (em R$ 3,931 bilhões, estável em relação ao ano anterior e alta de 1,2% no trimestre), representando um ROAE de quase 20%.