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Santander (SANB11): Ação cai mais de 4% após resultados do 1T22; vem maré negativa à frente?

26 abr 2022, 17:25 - atualizado em 26 abr 2022, 17:25
Santander (BCSA34)
Santander divulgou resultados “ligeiramente negativos” no 1T22, avaliam analistas (Imagem: Santander/Blog)

O Santander (SANB11) divulgou resultados “ligeiramente negativos” no primeiro trimestre de 2022, afirmam os analistas da XP Investimentos e do BTG Pactual.

O lucro líquido gerencial do banco foi de R$ 4,005 bilhões, um crescimento de 1,3% sobre o mesmo período de 2021. O valor está levemente abaixo do esperado pelo mercado, de R$ 4,011 bilhões, conforme projeções reunidas pela Bloomberg.

Apesar dos resultados financeiros aparentemente saudáveis ​​no período, os analistas veem uma deterioração marginal na qualidade geral, com um índice de cobertura decrescendo para 215%, mesmo com o aumento das provisões para perdas com empréstimos e com o aumento gradual da inadimplência (NPL) para 2,9%.

Após a divulgação, em reação à prévia dos resultados, as ações do Santander fecharam o dia em queda de 4,55%, a R$ 32,10. Os analistas das corretoras mantêm uma visão cautelosa/neutra para a empresa.

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O resultado do Santander

A XP destaca que a margem financeira (NII) do banco teve um leve aumento de 4%, atingindo R$ 13,9 bilhões no período, que ficou ligeiramente abaixo do consenso.

A queda de 96,9% no NII das atividades de mercado, para R$ 84 milhões no primeiro trimestre do ano, quase compensando o aumento robusto do NII de clientes de 29,6% para R$ 13,85 bilhões, deveu-se principalmente a uma reclassificação da margem de mercado para clientes.

A receita de tarifas aumentou levemente no primeiro trimestre para R$ 4,6 bilhões, salto de 5,7%, principalmente devido ao aumento das tarifas de cartões e adquirência, que foi atribuído tanto ao maior volume de negócios no período quanto à expansão da base de clientes, explicam os analistas.

Além disso, a XP ressalta que as maiores despesas gerais e administrativas (G&A), +10,5%, foram compensadas por uma menor carga tributária no primeiro trimestre, o que levou seu resultado a R$ 4 bilhões.

“Como resultado, o ROAE permaneceu em um nível saudável de 20,7%, apesar da menor qualidade geral nos resultados”, afirmam.

Por fim, os analistas ressaltam que, apesar do robusto aumento do crédito para pessoas físicas, de 19%, uma queda de 11% no crédito corporativo fez com que a carteira total de crédito crescesse 7,2% nos últimos 12 meses.

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