Santander (SANB11): Ação cai mais de 4% após resultados do 1T22; vem maré negativa à frente?
O Santander (SANB11) divulgou resultados “ligeiramente negativos” no primeiro trimestre de 2022, afirmam os analistas da XP Investimentos e do BTG Pactual.
O lucro líquido gerencial do banco foi de R$ 4,005 bilhões, um crescimento de 1,3% sobre o mesmo período de 2021. O valor está levemente abaixo do esperado pelo mercado, de R$ 4,011 bilhões, conforme projeções reunidas pela Bloomberg.
Apesar dos resultados financeiros aparentemente saudáveis no período, os analistas veem uma deterioração marginal na qualidade geral, com um índice de cobertura decrescendo para 215%, mesmo com o aumento das provisões para perdas com empréstimos e com o aumento gradual da inadimplência (NPL) para 2,9%.
Após a divulgação, em reação à prévia dos resultados, as ações do Santander fecharam o dia em queda de 4,55%, a R$ 32,10. Os analistas das corretoras mantêm uma visão cautelosa/neutra para a empresa.
O resultado do Santander
A XP destaca que a margem financeira (NII) do banco teve um leve aumento de 4%, atingindo R$ 13,9 bilhões no período, que ficou ligeiramente abaixo do consenso.
A queda de 96,9% no NII das atividades de mercado, para R$ 84 milhões no primeiro trimestre do ano, quase compensando o aumento robusto do NII de clientes de 29,6% para R$ 13,85 bilhões, deveu-se principalmente a uma reclassificação da margem de mercado para clientes.
A receita de tarifas aumentou levemente no primeiro trimestre para R$ 4,6 bilhões, salto de 5,7%, principalmente devido ao aumento das tarifas de cartões e adquirência, que foi atribuído tanto ao maior volume de negócios no período quanto à expansão da base de clientes, explicam os analistas.
Além disso, a XP ressalta que as maiores despesas gerais e administrativas (G&A), +10,5%, foram compensadas por uma menor carga tributária no primeiro trimestre, o que levou seu resultado a R$ 4 bilhões.
“Como resultado, o ROAE permaneceu em um nível saudável de 20,7%, apesar da menor qualidade geral nos resultados”, afirmam.
Por fim, os analistas ressaltam que, apesar do robusto aumento do crédito para pessoas físicas, de 19%, uma queda de 11% no crédito corporativo fez com que a carteira total de crédito crescesse 7,2% nos últimos 12 meses.
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