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Santander (SANB11) e outros bancões; veja o que esperar dos balanços do 1T22

25 abr 2022, 16:58 - atualizado em 25 abr 2022, 17:24
Caixa Eletrônico Bancos
A Ativa Investimentos espera mais um bom trimestre para o setor bancário. (Imagem: Unsplash/Erik Mclean)

Juros mais altos devem refletir em pontos positivos e negativos nos resultados dos bancos no primeiro trimestre de 2022, dizem analistas. A temporada de divulgação de balanços do setor começa nesta terça-feira (26), com o Santander (SABN11).

Para o Bank of America (BofA), as taxas devem impulsionar a receita líquida de juros das empresas com clientes. Mas o banco vê os ganhos de negociação mais baixos limitando o crescimento total da receita a cerca de 5%.

A instituição acredita que o Itaú Unibanco (ITUB4) deve apresentar o maior crescimento de receita, enquanto vê chance de alta para o Banco do Brasil (BBAS3).

A Ativa Investimentos espera mais um bom trimestre para o setor bancário, com expansão anual da carteira de crédito high single-digit/low-teen sustentada pelo segmento pessoa física e aumento nos spreads bancários.

A corretora espera piora na comparação trimestral nas receitas com serviços, que sazonalmente são mais fracas, além de aceleração no custo de crédito em relação ao quarto trimestre de 2021, decorrente da mudança no mix da carteira e piora na inadimplência.

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O que esperar do 1T22?

O BofA espera que o crescimento da carteira de crédito desacelere, mas permaneça em dois dígitos, enquanto os NPLs (créditos inadimplentes) devem manter a tendência de alta, levando a um maior custo de risco e redução na cobertura de reservas.

Opex (despesas operacionais) continua sendo um ponto de preocupação, alertam os analistas, refletindo os recentes aumentos salariais.

“Esperamos que o Itaú entregue a melhor qualidade de lucro (na forte geração de receita), enquanto vemos um lado positivo em nossas estimativas do Banco do Brasil”, afirmam.

As despesas financeiras dos adquirentes devem ser parcialmente compensadas pela maior taxa de aceitação, explicada pela reprecificação do produto de pré-pagamento, explicam os analistas.

Como consequência do foco em rentabilidade, espera-se uma forte geração de receita — impulsionada pelo crescimento do TPV (volume total de pagamentos), mas adições de clientes fracas.

Em outros serviços financeiros, espera-se volumes fracos, impactados pelo ambiente de taxas mais altas, mas as receitas devem se beneficiar de ganhos financeiros e novos produtos. Entre os bancos digitais, a expectativa é de forte crescimento da base de clientes, mas rentabilidade pressionada, segundo os analistas.

Perspectivas para o 1T22

Itaú

A Ativa espera que o Itaú apresente um crescimento de 1% na comparação trimestre em produtos bancários, em função de um crescimento de 2,8% na margem financeira gerencial e de 5,6% nas receitas com seguros, previdência e capitalização – que devem compensar a queda de 3,7% na receita com comissão e tarifas.

A corretora cita um aumento de 3,6% no custo de crédito e de 1% em demais despesas operacionais. Com isso, o lucro líquido deve apresentar aumento de 2,8%, enquanto o ROE ficaria em 19,9%.

“O Itaú segue sendo nossa ação preferida do setor e deve mais uma vez reportar resultados sólidos”, reiteram os analistas da Ativa.

Bradesco

A Ativa espera que o Bradesco (BBDC4) apresente um resultado muito semelhante ao 4T21, com expansão de 2% na margem financeira gerencial, queda de 6,1% nas receitas com tarifas e expansão 3,3% nas receitas das operações de seguros, previdência e capitalização.

A corretor fala em piora de 7,5% no custo de crédito, compensados por redução de 2,8% nas demais despesas, permitindo que o lucro líquido fique apenas 0,1% menor.

Banco do Brasil

Para o 1T22, a Ativa projeta crescimento de 8,7% na margem financeira bruta do Banco do Brasil e queda de 7,4% na receita com serviços devido à efeitos sazonais.

No custo de crédito, a corretora tem expectativa de aumento de 4,1%, enquanto as demais despesas devem apresentar redução de 0,7%, permitindo melhora no índice de eficiência do banco.

Com relação ao lucro líquido, a melhora deve ser de 4,7%, com ganhos de 0,7 p.p. no ROE, diz a Ativa.

Santander

Os analistas da Ativa projetam crescimento de 2,1% no produto bancário de Santander (SABN11), impulsionando por um aumento de 6,2% na margem financeira gerencial apesar da redução de 9,5% na receita com comissão e tarifas.

Por outro lado, a corretora fala em piora de 12,1% no custo de crédito, que deve impactar o resultado antes da tributação e participações minoritárias, apresentando queda de 1,3%. Já o lucro líquido deve reduzir 1,2%, diz a Ativa.

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