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Santander revisa estimativas e projeta crescimento de quase 5% para o PIB do agro em 2025

22 nov 2024, 12:33 - atualizado em 22 nov 2024, 12:33
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(iStock.com/photoschmidt)

O Santander elevou sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025 de 1,5% para 1,8%, devido a um impulso mais forte da agropecuária

As projeções iniciais para as safras do próximo ano indicam um crescimento de 12% na produção de soja e 3% para o milho. “Estes números nos levaram a rever a estimativa de crescimento da agropecuária de 1,5% para 4,8%, o que também impulsiona a indústria e os serviços através de efeitos secundários. Isto sugere alta probabilidade de um resultado forte do PIB no primeiro trimestre de 2025”, explica a economista-chefe Ana Paula Vescovi e sua equipe.

Do lado da demanda, o banco vê riscos em ambos os lados. A resiliência do mercado de trabalho deverá sustentar o consumo das famílias, com manutenção dos ganhos salariais reais.

Outro fator positivo é a intensificação dos estímulos parafiscais, que aumentaram nos últimos meses e poderão continuar impactando positivamente os investimentos. Esses estímulos consistem em tributos destinados a atividades exercidas por empresas, mas que geram impacto sócio-econômico.

Do lado baixista, o Santander enxerga um impulso fiscal negativo e uma política monetária mais restritiva, o que poderá colocar desafios significativos à atividade econômica em 2025.

Apesar de não enxergar grandes problemas climáticos que possam afetar as principais colheitas no próximo ano, ainda há riscos de impactos no PIB. Em 2024, o banco espera que o PIB da agropecuária recue 1%.

Safra erra previsão, confirma virada para o ciclo do boi no 3T24

Em janeiro de 2024, o Banco Safra projetava que o atual ciclo do boi no Brasil reverteria de uma fase de liquidação (aumento do abate de vacas) para uma fase de expansão (aumento da retenção de vacas) até o segundo trimestre.

Segundo a instituição, que acredita ter errado sua previsão, o ciclo do gado parece ter atingido seu pico no 3T24, com o abate de vacas respondendo por 36,11% do total, ante previsão de um pico de 36% no 2T24.