Santander retira IRB da carteira de dividendos para abril; Engie é incluída
O Santander retirou as ações da IRB Brasil (IRBR3) e inseriu os papéis da Engie (EGIE3) na carteira recomendada de dividendos para abril.
Embora continue vendo valor nas ações, o banco decidiu retirar a empresa de resseguros do portfólio devido aos eventos recentes envolvendo o nome da companhia, que precisará reconquistar a confiança dos investidores.
“Entendemos que seja oportuna a saída nesse momento, buscando recuperar as perdas auferidas nessa posição com outros nomes que possam apresentar recuperação mais acelerada”, explicou Renato Chanes, estrategista do Santander.
Sobre a Engie, o banco acredita que, mesmo com os efeitos do coronavírus sobre os mercados, a empresa desfrutará de um bom ano em 2020.
“A Engie se tornou uma das melhores empresas para surfar a nova tendência do mercado de gás doméstico. Além disso, ela possui oportunidades significativas de crescimento no segmento de fontes renováveis e continua sendo um dos melhores nomes do nosso universo de cobertura em termos de qualidade”, comentou Chanes.
A recente desvalorização das ações da companhia elétrica é injustificada para o banco e, por isso, “sinaliza uma boa oportunidade no curto prazo”.
Os pesos de alguns ativos também sofreram alterações. O Santander diminuiu participação da Cyrela (CYRE3) e da BR Distribuidora (BRDT3), empresas de setores que poderão ser mais afetados no momento pelo coronavírus. Em troca, o banco elevou a fatia da Telefônica Brasil (Vivo (VIVT4)) e da Taesa (TAEE11).
Em março, a carteira sofreu queda de 33,72%, enquanto o Ibovespa desvalorizou 29,72%.
Apesar da queda acentuada do índice, a equipe de análise do Santander consegue enxergar oportunidades atraentes no mercado.
“Acreditamos que procurar por assimetrias e descontos excessivos deva ser a melhor estratégia, até porque existe um peso grande de alguns setores dentro do índice, que podem distorcer/mascarar a recuperação de outros setores da economia”, afirmou Chanes.