Brasil

Santander prevê 2025 desafiador, com inflação a 5,5% e dólar a R$ 6

01 jan 2025, 8:00 - atualizado em 21 dez 2024, 13:40
IPCA, Economia, Brasil, IBGE, Inflação
Santander prevê melhora no superávit comercial, com a recuperação das safras agrícolas. (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Santander prevê um cenário macroeconômico desafiador para o Brasil em 2025, com a inflação atingindo 5,5% (acima do teto da meta, de 4,5%) e o dólar cotado a R$ 6,00.

Apesar de o crescimento do PIB projetado em 1,8%, impulsionado pela resiliência de curto prazo da economia, o banco alerta para um cenário fiscal e monetário mais restritivo atuando como um freio para o crescimento.

A inflação persistente é atribuída à depreciação cambial, mercado de trabalho apertado e atividade econômica ainda aquecida.

O Santander observa que as expectativas de inflação não diminuíram, mesmo após o aumento da taxa Selic para 15,50%, que deve continuar elevada para conter a inflação, com o ciclo de alta podendo ser ainda mais longo.

O relatório projeta que a taxa Selic atinja 15,50% ao final de 2025, com duas altas de 1 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom, seguidas por mais uma alta em maio (0,75 pp) e outra em junho (0,5 pp).

Já depreciação do real é atribuída à falta de sinais de mudança na política fiscal, com a dívida pública em trajetória ascendente devido aos custos mais altos e à composição mais atrelada à taxa Selic.

O déficit público é projetado em -1,0% do PIB, com o governo enfrentando dificuldades em cumprir a meta de déficit primário e a pressão para não romper o teto de gastos.

Superávit comercial e mercado de trabalho

O Santander prevê melhora no superávit comercial, com a recuperação das safras agrícolas compensando a queda nos preços das commodities, para as quais o banco mantém uma visão bearish, e a desaceleração das importações.

A taxa de desemprego deve ficar em 6,8%, com o mercado de trabalho aquecido e salários em alta, impulsionados por um crescimento robusto do emprego formal e informal, e absorção de novos entrantes na força de trabalho, na avaliação do banco.

Esse cenário de um mercado de trabalho robusto deve ajudar a mitigar os impactos negativos da política monetária mais restritiva.

O relatório ainda destaca a importância do diferencial de juros para a análise da taxa de câmbio, mas adverte que outros fatores, como a percepção de risco do Brasil, também influenciam o valor do real.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
equipe@moneytimes.com.br
Twitter Facebook Linkedin Instagram YouTube Site
No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
Twitter Facebook Linkedin Instagram YouTube Site
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar