Finanças Pessoais

Santander prefere título do Tesouro Direto mais curto diante do risco fiscal

04 jan 2018, 13:34 - atualizado em 27 set 2019, 13:51

O estrategista do Santander Ricardo Peretti começou 2018 mantendo a recomendação de investir no título público indexado à inflação Tesouro IPCA+ 2024. Na visão dele, trata-se da melhor opção para “capturar os benefícios de curto prazo, dada uma inflação corrente mais baixa, sem se expor de forma demasiada aos riscos que se colocam à frente”.

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Em relatório enviado a clientes, Peretti mostra ceticismo a respeito da votação da reforma da Previdência, prevista para fevereiro, por conta das eleições. Daí a opção por um papel de prazo menor no Tesouro Direto. “A incógnita quanto às mudanças nas regras previdenciárias no Brasil continuará inibindo um otimismo maior por parte dos investidores.”

O pano de fundo macroeconômico é benigno ao reunir um ambiente externo favorável, com gradualismo nas políticas monetárias dos países desenvolvimentos, e inflação comportada no Brasil. O Santander projeta taxa Selic em 6,75% ao ano ao fim de 2018.

“Para o mês de janeiro, acreditamos que a sinalização do Banco Central do Brasil em dar continuidade ao afrouxamento monetário já em curso, eventualmente levando a Selic abaixo do nível de 7,00% a.a., favorecerá a performance dos títulos públicos. Se os esforços do BC e do governo se traduzirem em um ambiente inflacionário menos instável e políticas públicas mais racionais, julgamos que o prêmio de risco embutido nos títulos nacionais continuará caindo, beneficiando o desempenho dos títulos indexados à inflação”, avalia o estrategista.