Santander: ousadia na pandemia dá resultado, e ação pode decolar 49% até 2022
O Santander Brasil (SANB11) não se intimidou durante a fase mais grave da pandemia de coronavírus e, agora, colhe resultados que animam o BB Investimentos. A gestora do Banco do Brasil reforçou a recomendação de compra para as units do Santander, com preço-alvo de R$ 52 até o fim de 2022.
A cifra embute uma alta potencial de 48,83% sobre a cotação usada como referência pelo BB. “O Santander está colhendo os frutos de uma postura mais ousada em relação ao mix de crédito e expansão de negócios assumida ao longo da pandemia”, afirma Rafael Reis, que assina o relatório.
O analista acrescenta que, “não apenas o banco exibe crescimento de carteira concentrado nos segmentos mais rentáveis (PFs e PMEs), mas também chama a atenção a forte expansão da base de clientes (+1,5 milhão t/t), 70% conquistada via canais digitais, o que consideramos positivo.”
A gestora também observa que o índice de eficiência do Santander “permanece um dos melhores – se não o melhor – do setor”.
Luz amarela
A situação do Santander mereceu, contudo, uma ressalva do BB Investimentos. A normalização dos níveis do custo de crédito, da inadimplência e da cobertura já se aproxima aos patamares pré-pandemia.
“Isso pode continuar sendo favorável caso a retomada econômica se dê com um menor nível de atrito, com as receitas se mantendo capazes de compensar a maior alavancagem, porém a deterioração de expectativas ocorrida ao longo dos últimos meses acende uma luz amarela em nosso radar, com tais vantagens potencialmente se transformando em maiores riscos”, explica o analista.
Resultados
O Santander Brasil teve lucro líquido gerencial (que desconsidera o ágio de aquisições) de R$ 4,340 bilhões no terceiro trimestre de 2021, alta de 12,5% em um ano e de 4,1% em um trimestre, de acordo com resultados publicados pelo banco na madrugada da quarta-feira, 27.
No período de três meses encerrado em setembro, a carteira de crédito ampliada do Santander foi a R$ 526,488 bilhões, alta de 13,1% na comparação anual. Em relação ao segundo trimestre, houve alta de 3,2%. Em base anual, o crédito à pessoa física (+21,3%), e a pequenas e médias empresas (+17,3%) impulsionaram o crescimento.
Com Estadão Conteúdo.