Santander espera recuperação modesta da Cielo e vê riscos à frente
O Santander prevê modesta recuperação nos resultados da processadora de transações com cartões de crédito e débito Cielo (CIEL3) no quarto trimestre de 2017 graças à melhora da economia. Olhando à frente, as perspectivas são positivas, mas os analistas seguem ressabiados.
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“Para 2018, cremos que a indústria de cartões de crédito deve apresentar crescimento robusto, com base no forte consumo privado”, diz relatório assinado por Henrique Navarro e Olavo Arthuzo. A recomendação para a ação da Cielo, no entanto, é de “underperform” (expectativa de desempenho abaixo da média do mercado), com preço-alvo em 12 meses de R$ 24.
Em relatório enviado a clientes do banco, Navarro e Arthuzo levantam dúvidas relacionadas ao mercado de credenciadoras de cartões. Duas delas se referem às maquininhas, conhecidas como POS (na sigla em inglês): os lojistas passaram a comprar suas próprias maquininhas e também a usar o modelo de transferência eletrônica (TEF) em vez de alugar.
Além disso, “as discussões sobre reduções nos prazos de pagamento (atualmente em D+30) estão ganhando força e acreditamos que o mercado está subestimando os riscos subjacentes e o timing de um possível desfecho”.
Nesta quarta-feira (31) na B3, as ações da Cielo registravam alta de 4,70%, cotadas a R$ 27,62. No mesmo instante, o Ibovespa subia 1,10%, aos 85.409 pontos. A Cielo apresenta seus números referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2017 na quinta-feira (1) depois do fechamento do mercado.