Santander divide opiniões de aposta em meio ao cenário ainda desafiador para bancos
Com a divulgação de seu balanço corporativo referente ao terceiro trimestre, o Santander (SANB11) revelou um resultado cheio de atrativos: o lucro alcançou R$ 3,9 bilhões, alta de 5,3% em relação ao ano anterior, e 47% superior a estimativas compiladas pela Refinitiv.
Diversos agentes de mercado, e até investidores, deram seu veredito em relação às ações do banco. No pregão desta terça-feira (27), os papéis do Santander Brasil encerraram o dia em queda de 4,73%.
Na avaliação da corretora Planner, o lucro líquido maior do que o esperado do Santander Brasil reflete o menor resultado obtido nos meses mais afetados pelas medidas de isolamento social (abril a junho).
“A qualidade da carteira de crédito permaneceu controlada. A inadimplência acima de 90 dias era de 2,1% ao final de setembro de 2020″, avalia o analista Victor Martins.
Para ele, o banco sinalizou que este nível de provisão é adequado com o perfil e o crescimento da carteira de crédito e reflete o aprimoramento dos modelos de riscos, maior qualidade na originação e melhora das recuperações de crédito baixadas a prejuízo.
Na outra ponta, o BTG Pactual (BPAC11) adota uma posição mais cautelosa em relação ao futuro do Santander Brasil, apesar de reconhecer os números positivos do balanço.
“O cenário continua desafiador para o setor bancário. A Selic está em nível historicamente baixo e os bancos estão sofrendo com seus spreads em todo o mundo, o que parece ser um problema estrutural”, advertem os analistas Eduardo Rosman , Thomas Peredo e Ricardo Cavalieri.
Na tabela abaixo, confira as recomendações para as ações do Santander Brasil:
Avaliador | Recomendação | Ticker | Preço-alvo (R$) |
---|---|---|---|
Planner | Compra | SANB11 | 40 |
BTG Pactual | Neutro | SANB11 | 37 |