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SLC Agricola (SLCE3): Santander tesoura preço-alvo; veja os motivos (e se vale comprar)

19 jul 2024, 14:59 - atualizado em 19 jul 2024, 14:59
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O Santander espera preços mais baixos refletindo uma oferta maior de grãos na temporada 2024/2025 e uma menor probabilidade do La Niña (Imagem: REUTERS/Randall Hill)

O Santander reduziu seu preço-alvo para SLC Agricola (SLCE3) de R$ 31 para R$ 26 por ação, refletindo menores preços para commoditiesApesar disso, o banco reforça sua recomendação de compra após a companhia anunciar seu segundo contrato de arrendamento no ciclo 24/25, em linha com suas expectativas de crescimento em meio aos desafios para o agronegócio.

“Após todos os contratos anunciados, esperamos que a SLC atinja 720 mil hectares de área plantada para a temporada 2024-25, aumentando 10% ano a ano. Os investimentos nas novas áreas devem demandar R$ 400 milhões em 2024 e o arrendamento deve atingir 15 sacas por hectares. Acreditamos que a SLC Agrícola é capaz de gerar valor por contratos de arrendamento, o que acrescenta R$ 3,7 bilhões ao nosso valuation, além de seu banco de terrenos de R$ 10,3 bilhões”, pontuam Guilherme Palhares e Laura Hirata.

A instituição espera que os preços da soja e milho fiquem mais baixos refletindo uma oferta potencialmente maior de grãos na temporada 2024/2025 e menor probabilidade do La Niña ocorrer, o que significaria maior produção de grãos do Brasil e da Argentina, em meio a uma perspectiva otimista para a soja e o milho dos EUA culturas com condições climáticas positivas.

“Além disso, os dados de exportação de soja dos EUA indicam uma menor procura por parte da China, o que pode ser devido a uma mudança na procura com o Brasil, dada a depreciação do real brasileiro e uma procura interna potencialmente mais baixa devido à redução do rebanho suíno”, explicam.

Quanto ao algodão, os analistas divergem sobre as curva de preços futuros em 24/25 – com a queda de 17% nos preços em maio – explicada pela maior produção do Brasil e pelas incertezas em relação à demanda. O banco espera preços em US$ 72/libra.

Sendo assim, o banco reduziu seu Ebitda para 2024 (R$ 1,685 bilhão) e 2025 (R$ 1,816 bilhão) em 4% e 12%, respectivamente.

Entre os riscos para ação, o Santander cita uma menor procura por algodão na Ásia, desaceleração do consumo de vestuário nos EUA, incapacidade de gerar crescimento nas áreas de arrendamento, assim como uma reavaliação dos custos, além de perdas adicionais de colheita e recuperação dos preços dos insumos agrícolas.

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