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Santander corta preço-alvo das ações da Raízen após prévia do 3T25; o que fazer com RAIZ4?

21 jan 2025, 12:54 - atualizado em 21 jan 2025, 18:26
raízen raiz4
O Santander cortou o preço-alvo das ações da Raízen após a prévia operacional, que mostrou números mais fraco do que o esperado (Foto: Divulgação)

Após a prévia operacional do terceiro trimestre da safra de 2024/25, que decepcionou o mercado, o Santander reduziu as estimativas para Raízen (RAIZ4) e cortou o preço-alvo das ações. 

O banco agora projeta o valor de R$ 2,40 por ação — o que ainda representa um potencial de 24,3% de valorização sobre o preço de fechamento da véspera. A estimativa anterior era de R$ 2,90. Já a recomendação neutra foi mantida. 

O corte no preço-alvo reflete a redução das estimativas do banco sobre Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado em 6% no ano fiscal de 2025, e de 22% em 2026. 

Em relatório, o Santander destaca que prévia do terceiro trimestre da safra 2024/25, divulgada na última sexta-feira (17), indicou volumes de moagem menores do que o esperado — o que deve levar a resultados mais fracos. 

A revisão do banco também considerou o cenário macroeconômico. 

“As condições de mercado se deterioraram com taxas de juros mais altas, preços mais baixos do açúcar em termos de dólar e expectativas de inflação mais alta à frente”, escreveram os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata. 

Ontem (20), a ação da Raízen figurou entre as maiores quedas do Ibovespa com baixa de quase 6%, em reação à prévia operacional e ao abandono do guidance da safra 2024/2025.

Já nesta terça-feira (21), os papéis da companhia estenderam as perdas. RAIZ4 caiu 3,11%, a R$ 1,87. Acompanhe o Tempo Real. 

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Os números da prévia de Raízen 

Na última sexta-feira (17), a Raízen divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre da safra 2024/2025 (3T25), reportando uma queda de 26,6% (13,8 milhões de toneladas) para a moagem no comparativo com o mesmo trimestre da safra passada (3T24)

As vendas de açúcar próprio somaram 1,168 milhão de toneladas, com preço médio entre R$ 2.400 e R$ 2.550 por tonelada. O volume representa uma queda de 10,1% contra um ano antes.

Já as vendas de etanol próprio somaram 895 mil metros cúbicos (+21,44%), ante 737 mil em igual trimestre da safra passada, com preço médio entre R$ 2.800 e R$ 2.950 por m³.

Quanto à produção de etanol de segunda geração (E2G), ela mais que dobrou no comparativo anual, saindo de 8,9 mil m³ para 18,5 mil m³, uma alta de 107,87%.

A companhia também anunciou a descontinuação da operação da sua planta piloto de E2G, localizada em Piracicaba (SP). A unidade, inaugurada em 2025, passará a operar dedicada a testes e futuros desenvolvimentos do biocombustível. 

*Com Pasquale Augusto

Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.