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Santander arranca na frente dos outros bancos, e aproveitará ano mais favorável

04 fev 2021, 15:40 - atualizado em 04 fev 2021, 15:44
Santander
Estratégia de fazer reservas menores em relação aos demais bancos foi eficiente segundo analistas (Imagem: Reuters/Ricardo Moraes)

O Santander Brasil (SANB11) cumpriu as expectativas do mercado e entregou números consistentes de suas operações no último trimestre de 2020, o ano marcado pela pandemia de coronavírus.

A receita dos bancos para encarar o cenário de guerra contra o vírus foi de aumentar as provisões para atenuar os impactos econômicos. Ainda assim, o Santander teve apenas um recuo de 5% no lucro do ano passado, enquanto seus pares viram esse percentual bater a casa dos dois dígitos.

O Safra assinou em baixo a estratégia do Santander, que fez reservas para perdas menores do que seus concorrentes no setor bancário.

“Em 2020, o índice de eficiência do Santander chegou a 37%, a melhor performance anual desde que a subsidiária espanhola fez seu IPO“, destacam os analistas Luis Azevedo e Sivio Doria, que assinam o relatório do Safra.

O lucro líquido recorrente do Santander Brasil no quarto trimestre foi de R$ 3,958 bilhões, um aumento de 6,2% em relação ao ano anterior e acima da estimativa de analistas apurada pela Refinitiv de R$ 3,716 bilhões.

Uma vez que a inadimplência comece a se deteriorar — provavelmente já no trimestre atual –, a Ágora Investimentos espera que o custo de risco do Santander aumentasse, embora ainda consumindo a cobertura existente (atingindo os níveis mais baixos da história recente antes que o banco possa aumentar sua cobertura novamente nos próximos anos ).

“O Santander Brasil está de volta aos níveis pré-pandêmicos quando se trata de índices de capital, uma indicação sólida de que deve haver capital suficiente para financiar o crescimento esperado do banco acima do mercado nos próximos anos”, ponderam os analistas Victor Schabbel e Jose Cataldo, da equipe da Ágora.

O BTG Pactual (BPAC11) tem uma posição mais cautelosa em relação ao Santander.

“Mais um ano e outro desempenho superior em relação aos pares. Embora não vejamos os números do 4T20 do Santander como um gatilho genuíno para as ações, destacamos a confiança da administração”, conclui o trio de analistas formado por Eduardo Rosman, Thomas Penedo e Ricardo Cavalieri, que vem um preço justo das ações no momento.

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