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Santander: 2021 promete ser um ano bem mais feliz para o banco

14 jan 2021, 15:03 - atualizado em 14 jan 2021, 17:38
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A administração do Santander colocou grandes expectativas sobre 2021, que promete ser um ano bem melhor para a companhia e o setor bancário (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Analistas da XP Investimentos e do Safra participaram de uma reunião de sell-side com a alta administração do Santander Brasil (SANB11). Sergio Rial, Angel Santodomingo e André Parize, respectivamente CEO, CFO e IRO do banco, colocaram grandes expectativas sobre 2021, que promete ser um ano bem melhor para a companhia e o setor bancário.

A administração tem boas expectativas para a expansão de crédito, que deve crescer a um dígito alto. Os volumes do segmento individual podem subir com o aumento do endividamento das famílias, enquanto o segmento de pequenas e médias empresas (PMEs) continuará sendo beneficiado pela demanda por capital de giro.

O Santander também lançou luz sobre as taxas de inadimplência, que devem permanecer sob controle. Isso permitirá que o custo de crédito retorne a níveis pré-pandemia.

“Um ponto importante a ser destacado é a mudança do mix de crédito do Santander nos últimos anos, com empréstimos consignados ganhando terreno, assim como o crédito imobiliário, e uma exposição controlada em linhas mais arriscadas”, comentaram Luis F. Azevedo e Silvio Dória, analistas do Safra. Outro fator importante destacado por eles é o desempenho bem-sucedido do banco no processo de recuperação de crédito.

Competitividade

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Para enfrentar os novos players, o Santander acredita que os grandes bancos terão que se reinventar, buscando diversificação e investindo cada vez mais em tecnologia (Imagem: LinkedIn/Santander)

O Santander está certo de que a competição no mercado financeiro vai realmente aumentar no médio e longo prazo com a entrada de bancos de varejo não tradicionais e novos concorrentes.

Para enfrentar os novos players, o Santander acredita que os grandes bancos terão que se reinventar, buscando diversificação e investindo cada vez mais em tecnologia. A companhia adotou, inclusive, novas estratégias ao dar início à comercialização de produtos de seguros.

Todas essas medidas devem manter a rentabilidade. Na opinião da administração, o custo de capital mais alto no Brasil (em comparação a países desenvolvidos) e a demanda estrutural por crédito continuarão sustentando níveis maiores de ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) no longo prazo. Dessa forma, a expectativa é de que o ROE atinja patamares de 17-20% nos próximos anos.

No mais, a reunião trouxe uma mensagem bastante otimista do Santander em relação a este ano.

As perspectivas da administração foram uma surpresa positiva mais para uns do que outros. O Safra reforçou a compra da ação, com preço-alvo para o fim de 2021 de R$ 46, enquanto a XP optou pela cautela e manteve sua recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de R$ 32.

“Acreditamos que o banco: i) apresenta um mix de crédito mais arriscado com a maior porção de crédito de varejo em relação aos concorrentes e um índice de inadimplência abaixo da média; ii) está menos provisionado do que os pares privados, o que pode afetar o lucro em 2021; e iii) múltiplos de 2021 acima da média com 2,1 vezes P/PL (preço sobre patrimônio líquido) e 13,5 vezes P/L (preço sobre lucro)”, explicou a corretora.

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