Santa Catarina alcança o maior valor de produção agropecuária da história
Para alcançar o Valor de Produção Agropecuária (VPA) histórico em 2020, Santa Catarina contou principalmente com a produção de suínos, que participou com 23% do total, de frangos (17,5%) e de leite (11,9%), conforme apontam números divulgados na véspera (14), pelo evento Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina.
No ano passado, o indicador somou R$ 40,9 bilhões, valor 21,1% superior ao de 2019, quando ficou em R$33,8 bilhões. Entre 2018 e o ano seguinte, o índice já havia registrado variação positiva de 8,7%.
O aumento nos preços recebidos pelos produtores foi a principal razão do crescimento do VPA estadual nos dois períodos, com destaque para suínos, bovinos, leite e grãos.
“O agronegócio é um dos motores mais importantes da nossa economia. Os números refletem essa grandiosidade e mostram que o setor se mantém forte e ativo, no mercado interno e também internacional, graças ao empreendedorismo, à força dos trabalhadores do campo e à qualidade dos nossos produtos”, afirma a governadora em exercício de Santa Catarina Daniela Reinehr, que participou do evento virtual.
A presidente da Epagri, Edilene Steinwandter, responsável pela publicação dos dados, lembra que os desempenhos positivos se deram apesar das adversidades que o agropecuária catarinense enfrentou na safra 2019/20.
O clima não ajudou, e estiagem, granizo e até tornados afetaram cultivos pelo Estado. A pandemia foi outro empecilho que agricultores precisaram contornar para seguir garantindo segurança alimentar para a população brasileira.
Carne suína
Seguindo o cenário nacional, as exportações catarinenses de carne suína também apresentaram crescimento significativo em 2020.
Foram embarcadas 523,39 mil toneladas, aumento de 25,63% em relação ao ano anterior, o que mantém Santa Catarina no topo do ranking de maiores exportadores da proteína do Brasil.
As receitas registraram incremento ainda mais expressivo: US$ 1,17 bilhão, alta de 35,30%.
O fator que afetou de forma mais expressiva a suinocultura mundial em 2020 foi a peste suína africana (PSA), doença que atingiu a Ásia em meados de 2018 e, desde então, afeta drasticamente a atividade na principal região produtora e consumidora da proteína.
Para 2021, as projeções iniciais do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA, na sigla em inglês) apontam um crescimento de 4,4% na produção mundial, impulsionado pela gradativa recuperação da economia após as fases mais críticas da pandemia de Covid-19, e por aumentos consideráveis na produção chinesa (9,2%), brasileira (3,6%), russa (5,9%) e vietnamita (4,9%), entre outros países.