Sanepar: units podem saltar 57%, mesmo com barbeiragem de agência reguladora
Não é surpresa que o resultado da Sanepar (SAPR11) viria bastante pressionado no quarto trimestre de 2020.
O mercado já esperava indicadores abaixo das projeções, e a companhia de saneamento do Paraná viu seu lucro cair 24,6%, para R$ 291 milhões, enquanto a receita somou R$ 1,2 bilhão, redução de 7,7%.
Olhando adiante, a Planner indica que 2021 se mostra mais favorável à Sanepar. A corretora relembra que o volume de chuvas em novembro e dezembro veio acima da média histórica, contribuindo para o aumento do nível dos reservatórios e abrindo espaço para a redução do contingenciamento da demanda.
O principal entrave da companhia paira no reajuste tarifário, já que a AGEPAR (Agência Reguladora do Paraná) trocou a referência do IGP-M (com valor acumulado muito maior) pelo IPCA.
“A Sanepar informou no mês passado que a agência reguladora avaliará a solicitação da companhia referente à compensação de valores no âmbito do reajuste tarifário em andamento. Embora positiva a notícia, não existe garantia de que o pleito da empresa será atendido”, adverte o analista Victor Martins, que assina o relatório a clientes.
Os resultados dos estudos preliminares elaborados pela Agepar apontam para a tarifa básica preliminar, a vigorar no próximo ciclo, no valor de R$ 5,3031/m³ o que representa uma redução de 2,5882% em relação à tarifa que passou a vigorar em 05 de fevereiro.
“Temos expectativa positiva para os seus resultados nos próximos períodos, tendo em vista o seu modelo de negócio e o retorno dos investimentos previstos. Em 5 anos, projetamos a taxa de crescimento anual (CAGR) de 9,4%”, calcula o analista da Planner.
Veja a seguir a recomendação da Planner, com preço-alvo e valorização estimados até o final de 2021:
Empresa | Ticker | Recomendaçao | Preço-alvo anterior (R$) | Preço-alvo atual (R$) | Valorização (%) |
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Sanepar | SAPR11 | Compra | 37 | 32 | 57 |