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Sanepar: investidor está cético com mudanças na governança, afirma BTG

08 nov 2017, 9:06 - atualizado em 08 nov 2017, 9:06

O resultado da Sanepar (SAPR4) no terceiro trimestre 2017 ficou abaixo do esperado pelos analistas do BTG Pactual, mostra um relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (8) e assinado por Joao Pimentel, Antonio Junqueira e Gustavo Castro.

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Eles explicam que o Ebitda veio 5% abaixo do previsto e pode ser explicado pelo crescimento dos gastos com pessoal, que subiram 18% por conta do plano de demissão voluntária. A empresa espera reduzir o seu quadro em 5,4% e economizar R$ 59 milhões com o programa.

A recomendação de compra foi reiterada, com um preço-alvo de R$ 15 em 12 meses.

Mudanças na governança

O BTG ressalta que mantém a visão positiva sobre a migração da estrutura acionária na bolsa para uma classe de units e a intenção da empresa de proteger os acionistas minoritários de mudanças políticas no governo do Paraná, que é o controlador da companhia e pode influenciar nas revisões tarifárias já acordadas.

Ainda assim, Junqueira e Castro observam que as ações não têm acompanhado esta visão mais favorável. “Acreditamos que os investidores continuam céticos, já que essas alterações não previnem que a regulação em si (ou seja, a agência regulatória – Agepar)  sofra uma interferência política”, explicam.

Números

O lucro líquido no terceiro trimestre ficou em R$ 175,1 milhões, o que representa um avanço de 52,81% na comparação com igual período em 2016. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 350,2 milhões, uma alta de 27,15% sobre o mesmo intervalo no ano passado. Já a receita líquida cresceu 16,18% e totalizou R$ 1 bilhão.

Além do reajuste tarifário de 8,53% para o ano de 2017, aplicado a partir de junho, a companhia destaca a ampliação dos serviços de água e esgoto. No terceiro trimestre, a Sanepar investiu R$ 193 milhões, ante a R$ 185,7 milhões no período de julho a setembro de 2016.