Donald Trump

Sanções de Trump põem em risco envio de petróleo aos EUA, diz Venezuela

06 set 2017, 23:33 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

Da EFE

A chancelaria da Venezuela informou hoje (6) que as sanções anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra o governo de Nicolás Maduro “põem em risco” sua condição como “o fornecedor de petróleo mais próximo e seguro para os Estados Unidos”. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.

“As decisões unilaterais e ilegais do presidente Trump não só afetarão o povo venezuelano, mas também o povo americano. As sanções anunciadas põem em risco a nossa condição, quase centenária, como o fornecedor de petróleo mais próximo e seguro para os EUA”, destaca carta publicada no portal da chancelaria e dirigida à população norte-americana.

Segundo a Venezuela, entre os possíveis impactos das sanções está o aumento dos preços da gasolina, “enquanto milhares de trabalhadores correm o risco de perder suas economias (…) perante o impacto nos fundos de aposentadoria pelo veto que pesa sobre os bônus venezuelanos”.

No último dia 25 de agosto, Trump assinou uma ordem executiva que proíbe as “negociações em dívida nova e capital emitido pelo governo da Venezuela e sua companhia petroleira estatal”, nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.

A medida, anunciada pela Casa Branca em um comunicado, proíbe também as “negociações com certos bônus existentes do setor público venezuelano, bem como pagamentos de dividendos ao governo da Venezuela”.

O governo venezuelano já expressou sua rejeição a essas medidas e hoje a chancelaria indicou que o comportamento de Trump “não corresponde com o lema de campanha de tornar os EUA grandes de novo”.

Para a Venezuela, “as temerárias decisões” de Trump “pretendem conduzir os EUA a outra aventura militar e ameaçam gerar um novo conflito internacional, com inimagináveis repercussões econômicas e humanitárias”.

Segundo a chancelaria venezuelana, o objetivo final dos EUA é apoderar-se dos recursos do seu país.

“O povo dos Estados Unidos, povo de paz, deve liderar os esforços para neutralizar novas intenções bélicas do seu governo. Por isso, fazemos um chamado fraterno e sincero a todos os americanos de boa vontade, para trabalhar lado a lado pela defesa da liberdade dos nossos povos”, finalizou. 

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