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Salto de mais de 12%: Cogna (COGN3) afirma não saber o motivo para oscilações recentes de suas ações

09 out 2024, 10:28 - atualizado em 09 out 2024, 10:28
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A Cogna disse não ter conhecimento de qualquer evento específico e não divulgado que justifique as oscilações das ações. (Imagem: Instagram/ Kroton Educação)

Na última terça-feira (8), a Cogna (COGN3) deixou as demais empresas do Ibovespa (IBOV) ao fechar em alta de 12,7%, a R$ 1,42 — a maior alta do dia.

Apesar de o salto acontecer após o Bradesco BBI revisar os seus modelos e elevar a recomendação da empresa de educação de neutra para outperform, além de eleger a Cogna como a Top Pick do setor, a companhia informou ao mercado que não sabe os motivos que levaram às recentes oscilações dos seus papéis.

Ao ser questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre o desempenho das ações entre os dias 25 de setembro e 8 de outubro, a Cogna disse não ter “conhecimento de qualquer evento específico e não divulgado que justifique as oscilações registradas”.

“A companhia reitera seu compromisso de manter seus acionistas e o mercado em geral informados sobre qualquer ato ou fato relevante relacionado a seus negócios”, destaca o comunicado.

No período questionado, as ações da Cogna valorizaram 7,58%, passando por quedas que entre 3% e 5%, até o salto de ontem. Confira abaixo:

Data Abertura Fechamento Máxima Mínima Variação
08/10/2024 1,33 1,42 1,44 1,31 12,70%
07/10/2024 1,27 1,26 1,3 1,24 0%
04/10/2024 1,24 1,26 1,27 1,23 2,44%
03/10/2024 1,27 1,23 1,28 1,22 -3,15%
02/10/2024 1,3 1,27 1,33 1,26 -0,78%
01/10/2024 1,29 1,28 1,32 1,27 0%
30/09/2024 1,34 1,28 1,34 1,27 -3,76%
27/09/2024 1,32 1,33 1,37 1,31 -0,75%
26/09/2024 1,32 1,34 1,4 1,3 7,20%
25/09/2024 1,33 1,25 1,33 1,24 -5,30%

O que o Bradesco BBI diz sobre a Cogna

Em relatório, o Bradesco BBI elevou a recomendação dos papéis COGN3 para “outperform” — equivalente à compra — e elegeu a empresa como a favorita para investir no setor de educação. Por outro lado, os analistas cortaram o preço-alvo para as ações, de R$ 3,00 para R$ 2,40 para o fim de 2025.

Apesar da redução na meta, a nova cifra ainda prevê que os papéis poderiam quase dobrar na B3 no ano que vem, com uma alta potencial implícita de 90,4% em relação ao último fechamento.

A visão mais positiva dos analistas acompanha a perspectiva de resultados positivos futuros, como uma aceleração do ritmo de crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 28% no segundo semestre em relação à igual intervalo de 2023.

Com o avanço, o Ebitda — indicador usado pelo mercado para mensurar a geração de caixa — chegaria a R$ 2,07 bilhões em 2024, levemente abaixo do guidance da companhia.

O banco ainda vê a Cogna a um valuation atrativo em relação aos pares locais, especialmente após a queda expressiva dos papéis na bolsa neste ano.

Nas contas dos analistas, as ações COGN3 são negociadas a um múltiplo de 5,9 vezes a relação preço sobre lucro (P/E) de 2025 — patamar próximo da Ânima Educação (ANIM3), de 5,8 vezes, e bem abaixo da Yduqs (YDUQ3), de 8 vezes.

*Com informações do Seu Dinheiro

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