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Saldo entre empresas que abriram e fecharam no Brasil fica negativo pelo 3º ano

03 out 2018, 14:41 - atualizado em 03 out 2018, 14:41

Em 2016, o Brasil tinha 4,5 milhões de empresas ativas cadastradas que ocupavam 38,5 milhões de pessoas.

O saldo entre empresas que abriram e que fecharam foi negativo pelo terceiro ano consecutivo, ou seja, desde 2014 os empreendimentos que deixaram de existir são em maior número do que os novos.

Em comparação a 2015 houve uma queda de 1,6% no número de empresas e de mais de 4% no número de pessoal ocupado total.

Os dados da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2016 foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo IBGE.

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A pesquisadora do IBGE, Kátia Machado, destaca que a abertura de novas empresas vem caindo há sete anos, chegando ao menor valor da série histórica iniciada em 2008, e que nos anos anteriores à pesquisa o quadro se acentuou, com a queda também no número de empregados.

A pesquisa mostra que a média salarial dos empregados nessas empresas foi de cerca de 2 salários mínimos e meio.

O estudo identificou ainda uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, enquanto entre as empresas sem pessoal assalariado somente 76,5% eram sobreviventes, naquelas com 1 a 9 pessoas ocupadas assalariadas esta taxa alcançava mais de 92%, chegando a atingir 97% nas empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas.

Apenas 38% das empresas que abriram em 2011 sobreviveram até 2016.

As seções de atividades que apresentaram as mais altas taxas de sobrevivência foram saúde humana e serviços sociais (55,8%) e atividades imobiliárias (49,4%).

Já a taxa de sobrevivência do Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, após cinco anos de atividade, foi a mais baixa (36,1%).

Nas empresas sobreviventes quase 61% do pessoal ocupado eram homens e 39% mulheres. Em relação à escolaridade, mais de 86% não possuíam nível superior e apenas 13,8% apresentavam.

Pela primeira vez, a pesquisa trouxe conjuntamente dados sobre empreendedorismo que revelam características das empresas de alto crescimento  – aquelas com aporte de 20% ao ano no número de assalariados, por um período de três anos e que no início da observação tinham pelo menos dez empregados assalariados.

Essas empresas somam 20.098, e ocupam mais 2,5 milhões de pessoas.

Os empreendimentos que mais cresceram no país foram os dedicados à atividades administrativas e de serviços complementares, seguidos pelos de informação e comunicação, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, de transporte, armazenagem e correio e, por fim,  de construção.

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