Salário mínimo não é suficiente para gastos básicos: São Paulo teve o custo alimentício mais alto em fevereiro; entenda

O valor do conjunto de alimentos para uma cesta básica no Brasil, registrou queda em 14 de 17 capitais apuradas no mês de fevereiro, onde São Paulo, é a capital com o valor mais elevado.
Segundo a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas, por exemplo, deveria ter sido de R$ 7.229,32 – ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.518,00.
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Na comparação entre o custo da cesta e o salário mínimo líquido – após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social –, o trabalhador remunerado comprometeu, em média, 51,46% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos.
Em janeiro, o valor necessário era de R$ 7.156,15, o que corresponde 4,71 vezes o salário mínimo. Já em relação a fevereiro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.996,36 – ou 4,95 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00.
Salário ‘no mínimo’, cesta básica ‘no máximo’
Entre janeiro e fevereiro, os destaques de queda foram observados em Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%), enquanto os destaques de elevação vieram de Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%).
A cesta mais cara é a de São Paulo (R$ 860,53), enquanto a mais barata é a de Aracaju (R$ 580,45).
Destacando a alta na capital paulista, houve um aumento de 1,02% em relação a janeiro, onde oito dos 13 produtos que compõem a cesta básica tiveram queda nos preços médios: óleo de soja (-3,05%), feijão carioquinha (2,22%), batata (-2,06%), banana (-1,69%), açúcar refinado (-1,31%), arroz agulhinha (-1,19%), farinha de trigo (-0,65%) e manteiga (-0,27%).
Já as elevações vieram nos valores do tomate (8,24%), café em pó (6,66%), carne bovina de primeira (1,30%), leite integral (0,87%) e pão francês (0,16%).
Confira a diferença entre o salário mínimo e o valor necessário para a cesta básica
O levantamento ainda apontou uma leve alta no tempo médio de trabalho necessário para adquirir os produtos de uma cesta.
Em fevereiro, o tempo médio ficou em 104 horas e 43 minuto, enquanto no mês de janeiro era uma média de 103 horas e 34 minutos. Na comparação anual, a jornada média foi de 107 horas e 38 minutos.