Salário alto não garante sucesso profissional para a Geração Z, aponta pesquisa
Os jovens da Geração Z não associam salário alto com sucesso profissional, segundo mostra a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para 42%, trabalhar com o que gosta vem em primeiro lugar, seguido por equilibrar trabalho e vida pessoal, com 39%, e ser reconhecido pelo que faz, com 32%. Para apenas 31% desse grupo, ganhar bem pode ser associado como garantia de sucesso profissional.
Em relação aos valores e habilidades necessários no mercado de trabalho, 43% apostam em dedicação, 40% em capacidade de diálogo e trabalho em equipe e 36% em foco no trabalho.
A pesquisa ainda apontou que, para 67% dos jovens, o uso das redes sociais pode prejudicar o rendimento no desempenho das atividades no ambiente profissional.
A Geração Z no mercado de trabalho
Nascidos entre 1995 e 2010, a Geração Z possui um perfil profissional caracterizado pelo planejamento, dedicação e aprimoramento do conhecimento. De acordo com a pesquisa, muitos se dedicam a investir na profissão certa, além de encontrar realização e prazer sem perder a qualidade de vida. Os jovens dessa geração também estão em busca de uma vida mais saudável, segura e estável.
O que é felicidade para a Geração Z?
Para a grande maioria, felicidade é sinônimo de segurança, estabilidade emocional e realização profissional. Algumas de suas prioridades são: adquirir a casa própria (20%), ter sucesso no trabalho (18%) e trabalhar com o que gosta (18%).
Encontrar o amor (9%), ter filhos (8%), falar vários idiomas (8%) e sair da casa dos pais (8%), por outro lado, não estão atrelados à felicidade para o grupo.
“Se para as gerações anteriores formar família e desenvolver carreira duradoura e estável em uma única empresa era primordial, a Geração Z está disposta a explorar mais as possibilidades profissionais e adiar planos de casamento e filhos, por exemplo”, explica José César da Costa, presidente da CNDL.
Medo do futuro
Os maiores receios dos jovens da Geração Z consistem em não ter saúde física (28%), não arrumar emprego (27%), não conseguir se sustentar (25%), não trabalhar no que gostam (23%) e a corrupção no Brasil (21%).
“Esses jovens foram impactados pelas manchetes ininterruptas sobre a recessão, o desemprego, o PIB com baixo crescimento e as dificuldades do Brasil para fazer a economia engrenar nos últimos anos. Parte desses jovens teme, de certo modo, passar pelo que seus pais passaram”, ressalta Costa.
Metodologia
A pesquisa teve participação nacional e ouviu 801 jovens brasileiros entre 18 e 24 anos.