Saída para a crise dos pequenos frigoríficos é Brasil abrir novos mercados e acelerar habilitações
O efeito da falta de matéria-prima para os frigoríficos de bovinos trabalharem, sem a pressão altista que a baixa oferta proporciona, não tem poupado as exportadoras, mas deixa um rastro de preocupação maior em relação às indústrias com nenhuma ou pouca presença internacional.
A dependência do mercado interno sem força de consumo, e piorando, não tem fechado a conta de muitas médias e pequenas empresas, como trouxe Money Times nesta segunda (12), que pagam mais caro pelo pouco animal pronto disponível.
As margens estão muito apertadas.
Para o presidente do Sindicarnes Pará, Daniel Freire, a alternativa que se mostra positiva, ainda que demorada, é o Brasil correr atrás de novas habilitações em mercados importantes ou acelerar a lista de espera em mercados já compradores, como a China.
“China, Estados Unidos, Coreia do Sul, Japão, quanto mais melhor”, informa Freire, executivo do Frigorífico Mercúrio, principal exportador paraense.
A paralisação de plantas, férias coletivas e outras medidas, como alternância dos dias de abate e compra menor de gado, só aumenta a capacidade ociosa dos frigoríficos. E ociosidade tem custo.
O presidente do Sindicarnes PA acredita que as unidades com inspeção estadual, que possibilita a venda apenas dentro do estado, estão com ociosidade bem superior àquelas com inspeção federal (SIF) com exportação, “não há dúvida”.
Na média de todas, a ociosidade é superior a 50%.