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Saída de Castello Branco se dá por “diferença de opiniões”, diz secretário de Guedes

23 fev 2021, 15:00 - atualizado em 23 fev 2021, 15:00
Petrobras PETR4
No início da tarde desta terça-feira, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras subiam, respectivamente, 9,8% e 7,8%, após a petrolífera perder 74 bilhões de reais em valor de mercado na véspera (Imagem: Agência Brasil/Arquivo)

O secretário Especial de Comércio Exterior, Roberto Fendt, disse nesta terça-feira que o presidente Jair Bolsonaro decidiu não reconduzir o atual CEO da Petrobras (PETR3PETR4), Roberto Castello Branco, ao cargo em razão de uma “diferença de opiniões” acerca da condução da política de preços praticada pela estatal.

Fendt foi questionado sobre o tema ao participar de videoconferência promovida pelo “think tank” Center for Strategic and International Studies, para a qual foi escalado para representar o ministro Paulo Guedes, que cancelou participação em cima da hora.

“Essa é uma questão muito complexa, para ser sincero”, disse Fendt.

“Havia uma diferença de opiniões sobre como a política (de preços) deve ser aplicada”, acrescentou, ao detalhar que a estatal vinha adotando a estratégia de acompanhar a cotação dos preços no mercado internacional e que apenas este ano o diesel teve alta de 27%, que ele classificou como “um aumento considerável”.

O secretário lembrou que o acionista majoritário da companhia é o setor público. “É uma questão de negócios sobre como a companhia deve ser administrada. É o que eu tenho a dizer”, complementou Fendt em sua participação.

Na sexta-feira, Bolsonaro anunciou que o governo decidiu indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras após o encerramento do mandato de Castello Branco, em 20 de março.

No início da tarde desta terça-feira, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras subiam, respectivamente, 9,8% e 7,8%, após a petrolífera perder 74 bilhões de reais em valor de mercado na véspera.

Os agentes econômicos seguem atentos à reunião do conselho de administração da companhia, que deve votar a indicação de Silva e Luna para comandar a empresa.