Saiba como consultar a diferença salarial entre homens e mulheres nas empresas
O Reino Unido divulga, desde de 2017, um relatório sobre a diferença salarial entre os gêneros. O intuito principal desse estudo é evidenciar as desigualdades salariais entre homens e mulheres para orientar as empresas para reverterem essas diferenças.
Atualmente, as empresas com mais de 250 empregados são requisitadas a participar do levantamento de dados oferecendo as informações necessárias para o banco de consulta. O site para a consulta da diferença salarial dentro das empresas está disponível aqui.
A Irlanda, que na terça-feira (8) anunciou os detalhes da introdução de relatórios sobre as disparidades salariais de gênero no país, já planeja expandir a exigência para empresas com 50 ou mais empregados.
A meta de expansão é: empregadores com 250 ou mais empregados deverão colaborar com as informações para o relatório agora em 2022, empresas com 150 ou mais colaboradores participarão a partir de 2024 e companhias com 50 ou mais empregados a partir de 2025.
Iniciativas como essa representam um avanço para o mercado de trabalho, empresas, mulheres e países. Uma pesquisa realizada pela Catho, site brasileiro de classificados de empregos, em 2021, mostra como essa questão acontece no Brasil.
A falta de equidade salarial é uma das pautas principais levantadas, principalmente, no Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.
Segundo a pesquisa salarial da Catho, mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles. Já em funções como gerente e diretor, por exemplo, elas chegam a ganhar 24% menos que os homens.
Essa desigualdade se torna ainda mais incoerente quando analisado os níveis educacionais da mulheres, que por vezes é utilizado para justificar as diferenças entre as remunerações oferecidas.
A pesquisa da Catho também evidencia essa questão. De acordo com os dados, 30% das mulheres possuem nível superior e pós-graduação, enquanto os homens, apenas são 24%.
Mesmo assim, com uma qualificação um pouco menor, eles podem ganhar até 52% a mais que elas exercendo uma mesma função.