Salários

Saiba como consultar a diferença salarial entre homens e mulheres nas empresas

09 mar 2022, 12:33 - atualizado em 09 mar 2022, 12:33
Gender pay gap é um site do Reino Unido que permite a consulta da diferença salarial entre homens e mulheres (Imagem: John Schnobrich/ Unsplash)

O Reino Unido divulga, desde de 2017, um relatório sobre a diferença salarial entre os gêneros. O intuito principal desse estudo é evidenciar as desigualdades salariais entre homens e mulheres para orientar as empresas para reverterem essas diferenças.

Atualmente, as empresas com mais de 250 empregados são requisitadas a participar do levantamento de dados oferecendo as informações necessárias para o banco de consulta. O site para a consulta da diferença salarial dentro das empresas está disponível aqui.

A Irlanda, que na terça-feira (8) anunciou os detalhes da introdução de relatórios sobre as disparidades salariais de gênero no país, já planeja expandir a exigência para empresas com 50 ou mais empregados.

A meta de expansão é: empregadores com 250 ou mais empregados deverão colaborar com as informações para o relatório agora em 2022, empresas com 150 ou mais colaboradores participarão a partir de 2024 e companhias com 50 ou mais empregados a partir de 2025.

Iniciativas como essa representam um avanço para o mercado de trabalho, empresas, mulheres e países. Uma pesquisa realizada pela Catho, site brasileiro de classificados de empregos, em 2021, mostra como essa questão acontece no Brasil.

Salário
No Brasil, a desigualdade salarial é significativa e as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles (Imagem: Cristiano Sousa/Unsplash)

A falta de equidade salarial é uma das pautas principais levantadas, principalmente, no Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março.

Segundo a pesquisa salarial da Catho, mesmo ocupando os mesmos cargos e com as mesmas funções, as mulheres chegam a ganhar até 34% menos que eles. Já em funções como gerente e diretor, por exemplo, elas chegam a ganhar 24% menos que os homens.

Essa desigualdade se torna ainda mais incoerente quando analisado os níveis educacionais da mulheres, que por vezes é utilizado para justificar as diferenças entre as remunerações oferecidas.

A pesquisa da Catho também evidencia essa questão. De acordo com os dados, 30% das mulheres possuem nível superior e pós-graduação, enquanto os homens, apenas são 24%.

Mesmo assim, com uma qualificação um pouco menor, eles podem ganhar até 52% a mais que elas exercendo uma mesma função.

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