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Safras da Argentina podem perder produtividade até março por seca, diz bolsa

21 fev 2022, 19:54 - atualizado em 21 fev 2022, 19:54
Soja
A bolsa de cereais acrescentou que espera que o sistema climático se normalize gradualmente com o início do outono do hemisfério sul no final de março (Imagem: Pixabay/RoyBuri)

As safras de soja e milho 2021/22 da Argentina podem ver a produtividade continuar a cair nas próximas semanas, com chuvas abundantes que devem chegar apenas em meados de março para aliviar um longo período de tempo seco, disse a Bolsa de Cereais de Buenos Aires nesta segunda-feira.

A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja e o segundo maior de milho, mas viu as previsões de colheita serem reduzidas após a seca desde o final do ano passado, impactada pelo fenômeno climático La Niña pelo segundo ano consecutivo.

“Dado o episódio duplo de ‘La Niña’ que estamos passando, o retorno das chuvas pode ser adiado até meados de março, causando perdas significativas de rendimento”, disse a bolsa em um boletim meteorológico mensal.

A presença de La Niña geralmente leva menos chuvas à principal região agrícola da Argentina.

A previsão de safra atual da bolsa é de 42 milhões de toneladas para soja e 51 milhões de toneladas para milho, já cortadas fortemente em relação às projeções anteriores.

A principal área agrícola do país “verá um retorno parcial das chuvas, o que significa que grandes bolsões onde há déficit de água persistirão” nas próximas semanas, segundo o relatório.

A bolsa de cereais acrescentou que espera que o sistema climático se normalize gradualmente com o início do outono do hemisfério sul no final de março, embora “seja muito provável que os ventos polares retornem com força, reduzindo a entrada de umidade” e produzindo geadas de maio.

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