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Safra vê Ibovespa em 165 mil pontos em 2025; veja 7 ações para aproveitar alta

07 nov 2024, 13:00 - atualizado em 07 nov 2024, 13:00
Ibovespa
(Imagem: caio acquesta/iStock)

Apesar da piora do cenário, com alguns economistas prevendo a taxa básica de juros em mais de 13% e a eleição de Donald Trump para a presidência nos Estados Unidos, que pode elevar o dólar aqui no Brasil, o Safra vê o Ibovespa em 165 mil pontos até o final de 2025, o que significaria alta de 27% ante o último fechamento.

Os analistas do banco argumentam que mesmo com a visão negativa do mercado, o bom desempenho da atividade doméstica segue impulsionando os resultados das empresas.

Eles recordam que desde o início de 2024, as revisões de estimativas de consenso de mercado Bloomberg para o lucro por ação (LPA) do Ibovespa de 2025 e 2026 foram positivas em 5,3% e 4,9%, respectivamente.

“Mesmo com resultados melhores, o preço dos ativos não refletiu esse cenário – o Ibovespa é negociado a um atrativo múltiplo P/L (preço sobre o lucro) de 6,8x, bem abaixo do histórico”, dizem.

Inflação vai até onde?

Os analistas dizem que com as pressões inflacionárias, o Banco Central irá elevar os juros até 11,5% no fim deste
ano, o que, combinado com o menor impulso fiscal, deve desacelerar a atividade nos próximos meses.

Porém, o bom saldo da balança comercial brasileira (que reduz a pressão cambial) e a melhora das condições climáticas devem aliviar as pressões sobre a inflação, abrindo espaço para juros menores já a partir de meados de 2025.

“Uma vez que esse cenário se consolide, vemos espaço para alívio no mercado de ações”.

Além disso, o Safra elenca cinco pontos que podem beneficiar o mercado. São eles:

  1. continuidade do corte de juros nos EUA favorecendo a liquidez para os mercados emergentes;
  2. potenciais novos estímulos à economia na China dando suporte aos preços das commodities;
  3. safra de resultados corporativos do 3T24/4T24 mantendo a tendência positiva;
  4. possibilidade de maior controle de gastos pelo governo brasileiro passadas as eleições municipais; e
  5. posicionamento leve dos investidores no mercado.

Ibovespa: Quais comprar?

O banco diz que possui visão positiva para alimentos e bebidas, já que o equilíbrio entre oferta e demanda continua positivo para frangos e suínos, enquanto os custos de grãos continuam beneficiando os spreads.

No caso das construtoras de baixa renda, o Safra enxerga ambiente favorável para moradias populares e a demanda nos segmentos de baixa e média/alta renda é forte.

Em shoppings os indicadores operacionais seguem saudáveis, enquanto em utilidades básicas a distribuição volumes é sólido no segmento de distribuição em função das altas temperaturas.

Completam o pódio concessões — expectativa de alto volume de tráfego no segundo semestre, bens de capital (continuidade da forte demanda); e bancos e seguradoras (continuidade do bom momento de resultados).

As 7 ações

Para o Safra, a JBS (JBSS3) se destaca como a principal escolha no setor de alimentos devido ao seu valuation atrativo, diversificação robusta e forte geração de caixa, além da possibilidade de listagem dupla que pode destravar valor.

No setor de construção civil, a Direcional (DIRR3) é a favorita no segmento de baixa renda, sustentada pela resiliência de resultados e a exposição ao programa Minha Casa Minha Vida, que impulsiona sua lucratividade.

Já a Iguatemi (IGTI11), no segmento de shoppings premium, é beneficiada pela capacidade de negociação com inquilinos, com um crescimento esperado em seu fluxo de caixa operacional (FFO).

A Equatorial (EQTL3) é a top pick no setor de distribuição de energia, graças ao recente investimento na Sabesp e ao histórico positivo de gestão de ativos.

Em bancos, o Itaú (ITUB4) é visto como o mais sólido do mercado, com múltiplos de valuation ainda atrativos, enquanto a Porto (PSSA3) tem diversificação crescente, especialmente nas áreas de saúde e serviços financeiros, que já representam grande parte das receitas.

Por fim, a Marcopolo (POMO4) é avaliada positivamente com expectativas de crescimento na produção de ônibus e um valuation com desconto frente aos pares globais.

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